Somos Anjos e Mestres!
Todos nós sabemos alguma coisa que alguém, em algum lugar, precisa aprender e, por vezes, nós mesmos recordarmos.

sábado, 30 de novembro de 2013

"A Idade De Ser Feliz"!!!

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar, e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança...
Vestir-se com todas as cores... E experimentar todos os sabores... E entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO... De NOVO... E de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

Autor Desconhecido

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

"A Humanidade... Incoerência Humana"!!!


Não gosto de escrever sobre assuntos que estejam, com sofreguidão, sendo explorados pela Mídia. Mas como também sou Humano, deixa-me utilizar desta característica própria da espécie... A incoerência.
Não tenho notícias que as outras espécies ajam com comportamento onde a destruição seja praticada por prazer. A partir daqui desfilarei comportamentos do Homem que funcionam contra a própria espécie e às vezes até contra as outras.
Por falta de consenso e bom senso, a ocupação de território termina em guerra que custam infinitas vidas de seus semelhantes.
O lazer, que teria por finalidade, propiciar aumento do período de vida e sua qualidade, de repente extermina uma parcela considerável da população. Aqui vale ressaltar que os que sobrevivem, tentam explicar fazendo um malabarismo incompreensível de números. A estatística é utilizada como ferramenta por aqueles que querem “enrolar” os demais.
O 11 de Setembro e, recentemente o acidente em Santa Maria-RS, são considerados tragédias.  Mas o que caracteriza TRAGÉDIA?
Onde está o limite entre a Tragédia e a “não Tragédia”?
A meu ver toda perda de vida, mesmo que seja uma só, é tragédia. Quantas vidas são perdidas no trânsito, por dia? E com a mortalidade infantil provocada pela miséria? E com a violência urbana e rural pra ninguém ficar de fora?  E por outras infinitas causas, mas sempre criadas pela própria espécie. Ninguém de bom senso pode dizer, no entanto, que estes comportamentos são inconsequentes.
Para enfrentar essa situação o Homem cria LEIS... E ai a coisa se complica mais ainda. É como se o tempero envenenasse um suculento prato. E pouco depois do sinistro, sempre depois e por curto espaço de tempo, abre-se a estação de caça às bruxas. Vale ressaltar que os menos poderosos viram “bodes expiatórios”.
O problema agora é saber de quem era a responsabilidade de lidar com a monstruosa teia de Leis e não o fez. Os demais, em atividades semelhantes, botam as barbas de molho. Todo mundo intensifica os cuidados. Até parece que aquilo que não tinha a mínima importância, agora fica assustador. Mas só depois do acontecido.
Os Caipiras costumam dizer: “... arregaçar as calças depois de ter atravessado o brejo...” Os religiosos têm outra linha de reflexão... “Nada aconteceu sem a participação do Criador".
Grandes acidentes, como o de Santa Maria-RS, pode ser um alerta. Teremos num futuro próximo, grandes concentrações de pessoas voltadas para o esporte e lazer (Copa do Mundo e Olimpíadas).
Assim sendo o acidente não ficará em vão. Muitas vidas ainda poderão ser preservadas graças a esse alerta...”  Dizem que o brasileiro é o  mais hábil em praticar trapalhadas.
Nos anos 70 esteve aqui no Brasil um Americano, cujo nome não me lembro, que observando nossos comportamentos, disse..." Este não é um país sério!!!”
E o Primo Policarpo mandou ver: E jogar napalm em crianças no Vietnam,  é atitude de um país serio??? Na verdade o Homem é realmente um animal singular... Diferente dos outros animais.
É o único que mata por ganância, por esporte e por prazer... É o único que se mata numa sessão de lazer e divertimento.
Só tem uma coisa que é boa: Amanhã será outro dia!!!

“..Na Beleza da Natureza não deveria sobrar espaço para a maldade humana...”

 Autor Desconhecido

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"O Amor... Uma Flor Delicada"!!!

Não existem conquistas definitivas, salvo para aqueles que nos deixam no auge do apego. Aí sim, as pessoas ficam irreversivelmente gravadas dentro do nosso coração e nós no delas.  
Se não podemos explicar os porquês das chamadas de um coração, podemos, portanto, compreender a importância do exercício diário, na manutenção dos sentimentos do outro...  Ninguém pertence a ninguém, as pessoas doam-se e acolhem-se.
O amor é uma flor muito delicada, mesmo se vestida de grandiosas e maravilhosas formas.
O amor é uma flor singela, frágil e bela e é preciso recebê-lo com mãos ternas, como se sua vida dependesse de nossa acolhida.
Frequentemente somos meio desajeitados quando se trata de amor.
Descuidamos dos pequenos gestos que o nutrem, deixamos que a terra seque-se, substituímos atenções emocionais por outras que, mesmo importantes, não são suficientes ao mantimento para a durabilidade do amor.
O amor nutre-se de carinhos e carícias... Sacia-se no abraço... Cresce no beijo... Fortalece-se nos momentos a dois.
Achamos tempo para tanta coisa e nos dedicamos pouco a estar com o outro.
Pessoas às vezes que se amam muito afastam-se por falta de cuidado de ambas as partes... Os quereres confundem-se.
Homens e mulheres são diferentes...Isso é certo!
Mas deve haver esse meio caminho onde as mãos acabam se encontrando, onde os dedos se entrelaçam e os desejos fundem-se numa mesma coisa.
Ninguém conhece a verdadeira dor de perder antes de ter perdido de verdade.
É depois, bem depois, que olhamos para trás e nos dizemos que teríamos vivido bem mais intensamente se tivéssemos carregado essa delicada flor bem mais pertinho do nosso coração.


Letícia Thompson

terça-feira, 26 de novembro de 2013

"Hipocrisia"!!!

Só se pode falar daquilo que se conhece bem. Ninguém consegue identificar, descrever ou apontar aquilo que não conhece. Uma questão de lógica, de coerência.
Tudo o que identificamos e apontamos nos outros, é justamente o que está bem identificado e reconhecido dentro de nós... Não adianta nos enganarmos.
Aquilo que ainda ignoramos nos passa em branco e não pode nos incomodar, pois não sabemos do que se trata. Já tudo o que conhecemos nos amedronta, justamente pelo medo que temos de sermos desmascarados.
Aquilo que nos incomoda nos outros, é justamente o que se remexe dentro de nós tentando se esconder.
Aquilo que nos revolta no mundo, é justamente aquilo que se debate no nosso peito, fugindo da nossa própria consciência.
Aquilo que nos enoja no ser humano, é justamente o que nos constrange a mente e faz encolher a alma diante do espelho.
Aquilo que condenamos nos outros, é justamente o que temos de mais o vergonhoso em nossa própria memória.
Aquilo que nos faz ferver o sangue de indignação, é justamente o que de mais indigno trazemos dentro de nós.
Condenamos o ladrão que se apropria dos bens alheios, mas não reconhecemos o ladrão que há em nós quando roubamos a paz e a alegria de outras pessoas.
Condenamos a prostituta que vende o corpo para sobreviver, mas nem sequer olhamos para a promiscuidade da nossa própria alma, vendendo-se a quem oferecer mais elogios, mais agrados, mais vantagens.
Condenamos o viciado que se aliena envenenando o próprio corpo, mas não vemos a alienação voluntária a que nos entregamos ao buscarmos a embriagues do supérfluo.
Condenamos a violência descontrolada dos que matam indiscriminadamente, mas não enxergamos violência na indiferença com que olhamos as pessoas na rua.
Condenamos a corrupção pública, mas ignoramos propositalmente a forma como corrompemos nossos próprios filhos ao premiá-los pelas notas, pelos diplomas, pelos sucessos.
Condenamos a maledicência alheia, mas não nos furtamos a disparar nós mesmos o boato quando dele podemos tirar vantagem.
Apressamo-nos em desmascarar a hipocrisia que anda à nossa volta, mas guardamos a sete chaves o falso moralismo com que nos defendemos das acusações da vida.
Todos temos o dedo torto e cheio de verrugas, como os dedos feios que inventamos para as bruxas dos contos infantis, e é com esse dedo que apontamos o dedo de bruxa dos outros. É com esse dedo defeituoso que pretendemos apontar o caminho reto para os outros. É com esse dedo deformado que queremos ressaltar o defeito nos dedos dos outros.
Mas um dia o corpo tomba e, com ele, cai também a máscara que insistimos em carregar pela vida afora. E quando isso acontecer, não será necessário que dedos alheios nos venham apontar as deformidades e os defeitos, pois, em oposição ao dedo que trazíamos sempre apontado para os outros, estarão três outros dedos nossos, completamente disformes e endurecidos, que sempre estiveram ali nos alertando, mas que nunca tivemos coragem de saber para onde apontavam.

Autor Desconhecido

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"Por Onde Anda o Brilho Dos Meus Olhos"???

Acordo cedo e como de praxe olho no espelho escovando os dentes, penteando-me ou até mesmo me maquiando, mas quem diz que me vejo no espelho?
Quem já não se viu em uma situação assim?
Ligar o piloto automático para o dia começar é a coisa mais comum nos dias de hoje. Temos, sim, milhares de coisas a fazer e metas a cumprir e, quando nos damos conta, o dia já terminou e ainda temos coisas por fazer...
De repente, depois de meses, um dia nos olhamos e, então, o que vemos do outro lado?
Um ser que não mais parece ser você! Que cabelo é esse? Que olheiras?
Acho que até mesmo você se sente envelhecida, quem sabe?
Mas o pior está em descobrir que você perdeu o brilho em seu olhar...
Os olhos são espelhos da alma, eles refletem o que você sente. Você pode disfarçar da maneira que desejar o seu semblante, e até mesmo a forma de agir ou se vestir, mas, na ausência de brilho em seu olhar, sua tristeza se reflete.
Por vezes, inúmeros são os fatos que nos levam à perda de brilho em nosso olhar; perdemos, na sequência, a motivação pela vida e depois a vida parece adquirir um tom cinza.
Se você hoje descobriu que seus olhos deixaram de brilhar, é o momento exato de desejar uma mudança em sua vida. Por incrível que possa parecer, esta mudança precisa ser feita de maneira energética. Somente depois da correta identificação de todos os momentos que foram responsáveis pela perda do brilho de seu olhar e a transmutação energética com o auxílio da Mesa Radiônica, é que podemos modificar o seu padrão vibracional e, a seguir, uma nova vida se desponta no horizonte para você.
A correta identificação de datas em que bloqueios foram gerados é de suma importância, pois somente assim fatos repetidos deixam de acontecer em sua vida. O Radiestesista, que se propõe a tal atividade, deve ter pelo menos 15 anos de prática na Radiestesia para a exata identificação.
Este é um trabalho muito sério que requer muito estudo e dedicação de vida, além de muita prática.
Quem muda seu padrão vibracional é capaz de obter tudo que deseja.
Você só poderá se sentir importante na vida de alguém, se realmente fizer a diferença na vida desta pessoa, e a diferença será feita pelo número de momentos que vocês viverem juntos. Como será possível fazer esta diferença, se você perdeu o brilho em seu olhar?
Para que você se sinta feliz, não é necessário que tome medidas radicais do tipo: "tenho que sair deste emprego já", ou até mesmo: "tenho que me separar já!" Decisões tomadas quando estamos fora de equilíbrio serão, com certeza, decisões erradas. É necessário, portanto, que primeiro você se trate e depois, então, terá o discernimento absoluto para saber o que a incomodava de fato.
Cada ser humano reflete uma beleza incrível; se você recuperar o brilho em seu olhar, despertará o horizonte para o novo e passará a viver a verdadeira sincronicidade!
Se hoje você perdeu o brilho em seu olhar porque sente que ninguém a ama, tenha absoluta certeza que algum bloqueio de rejeição faz com que ninguém se aproxime de você, pois você tem um enorme medo de ser rejeitada. A eliminação deste bloqueio pela Mesa Radiônica fará com que você entre em sintonia com outros padrões vibracionais para atrair, a seguir, situações diferentes para sua vida. Quando aprendemos a admirar a diferença do outro, aprendemos a nos amar de maneira mais intensa e sem necessidade de rejeição.
Tem uma frase muito conhecida que diz...
"Preciso de serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para conhecer a diferença".
Então, que tal trazer de volta o brilho em seu olhar?


Maria Isabel Carapinha

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

"Saudade.. Solidão Acompanhada"!!!



Saudade é solidão acompanhada...
É quando o amor ainda não foi embora...
Mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou...
É recusar um presente que nos machuca... 
É  não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...  
Saudade é o inferno dos que perderam...
É a dor dos que ficaram para trás... 
É o gosto de morte na boca dos que continuam...

  Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade...
 Aquela que nunca amou.
 E esse é o maior dos sofrimentos...  
Não ter por quem sentir saudades...
Passar pela vida e não viver.

 O maior dos sofrimentos... É nunca ter sofrido.

Pablo Neruda

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Viver Com Paixão"!!!

O estado de paixão é familiar ao ser humano. Dificilmente encontraremos alguém que nunca tenha experimentado a sensação de euforia, êxtase, encantamento e motivação que o amor proporciona.
A vida ganha cores especiais, tudo ao nosso redor se torna novo e reluzente como se tivéssemos acabado de nascer. Sim, porque é exatamente nesta condição que chegamos ao mundo... Não é muito difícil constatar isso. Basta observamos uma criança bem nutrida não apenas fisicamente, mas também afetivamente.
Ela manifesta uma capacidade de maravilhar-se a cada instante, com todo e qualquer estímulo que lhe apresentemos.
Manter essa condição, no entanto, vai se tornando uma tarefa difícil, pois somos reprimidos o tempo todo na manifestação de nossa autenticidade. As reações espontâneas e entusiasmadas são vistas como de mau gosto, incivilizadas, e são, por essa razão, tolhidas por nossos pais e pela sociedade.
Só conseguimos recuperá-la no momento em que nos apaixonamos. Pois quando o coração vibra, redescobrirmos uma sensação maravilhosa que havia sido totalmente esquecida.
Mas a paixão pode e deve ser vivenciada não apenas no sentido romântico.
A energia da vida pulsa em nós até o último instante, mas muitos infelizmente parecem ter se esquecido completamente disto.
Entusiasmo e uma disposição permanente, para desfrutar de todas as experiências gratificantes que a existência nos proporciona, são os motores que alimentam a capacidade de extasiar-se.
Resgatar estes sentimentos é possível desde que nos reconectemos com o divino que habita em nós. Ele é uma força intensa e poderosa, que nos permite resgatar este dom esquecido, o de viver num permanente estado de paixão pela vida.
"Se você reprime sua paixão, você se tornará frio - é assim que toda a humanidade se tornou fria. Porque a paixão foi reprimida em todos.
Desde a infância sua paixão foi muito reprimida, aleijada. Sempre que você começou a se tornar apaixonado, houve alguém - sua mãe, seu pai, seu professor, a polícia - havia alguém que imediatamente começou a suspeitar de você. Sua paixão foi controlada, reprimida: "Não faça isso!" Imediatamente você se encolheu dentro de si mesmo.
E, aos poucos, aprende-se que, para sobreviver, é melhor ouvir as pessoas que estão ao seu redor, é mais seguro. Então, o que fazer?
O que uma criança deve fazer quando ela se sente apaixonada, quando ela se sente cheia de energia, e quer pular e correr e dançar... E seu pai está lendo o jornal? É lixo, mas ele está lendo o jornal, e ele é um homem muito importante, ele é o dono da casa... O que fazer?
A criança está fazendo algo realmente grande - Dentro é Deus que está pronto para dançar - mas o pai está lendo seu jornal e tem que haver silêncio. Ela não pode dançar, não pode correr, não pode gritar. Ela vai reprimir sua energia, ela vai tentar ser fria, recolhida, controlada.
Controle tornou-se tal valor supremo. Não é um valor.
Uma pessoa controlada é uma pessoa morta, uma pessoa controlada não é necessariamente uma pessoa disciplinada. Disciplina é totalmente diferente. Disciplina vem da consciência, o controle vem do medo.
As pessoas que estão ao seu redor são mais poderosas do que você, elas podem puni-lo, elas podem destruí-lo. Elas têm todo o poder de controlar, para corromper, para reprimir. E a criança tem que se tornar diplomática.
Quando a energia sexual surge, a criança está em uma dificuldade. A sociedade está contra ela, a sociedade diz que tem que ser canalizado. E isso está fluindo em todo o filho. Ele tem que ser cortado.
Nas escolas, o que estamos fazendo? Na verdade, as escolas não são tanto instrumentos para transmitir o conhecimento como instrumentos de controle.
Para seis, sete horas uma criança está sentado lá. Esta é para conter sua dança, para conter o seu canto, para conter sua alegria, isso é para controlá-lo.
Sentar-se por seis, sete horas todos os dias em uma atmosfera quase como a de uma prisão, amortece a energia, a criança torna-se reprimida, congelada. Agora não há transmissão, a energia não vem, ela vive no mínimo, que é o que chamamos de controle. Ela nunca vai para o máximo.

Os psicólogos são procurados e eles têm reconhecido
 um grande fator na desgraça humana ,que normalmente as pessoas
 vivem apenas dez por cento... Elas vivem dez por cento, 
respiram dez por cento, amam dez por cento, desfrutam dez por cento... 
Noventa por cento de sua vida simplesmente não é permitida...
Isso é puro desperdício. 
A pessoa deve viver cem por cento da sua capacidade...
 Só então o florescimento é possível".
(Osho)
Elisabeth Cavalcante

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"Crônica do Amor"!!!

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão...
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano...
Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca...
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante... Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu... Você deu flores que ela deixou a seco... Você gosta de rock e ela de chorinho... Você gosta de praia e ela tem alergia a sol.. Você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo... Nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você... Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama  este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar... Independente, emprego fixo, bom saldo no banco... Gosta de viajar, de música, tem loucura  por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados...
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC... Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso...
Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.


Martha Medeiros

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

"Para Se Roubar Um Coração"!!!


Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa...
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente... Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança... É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se de seja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago, e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco...
Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava...
É assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... É simples...
É porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

 Luis Fernando Veríssimo
 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"Há Certas Horas"...


Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável...
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
- Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
 Ou alguém que apenas diga:
- Sou seu amor! E estou Aqui!

William Shakespeare

sábado, 9 de novembro de 2013

"Mães Más"!!!



Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
– Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão...
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer vocês saberem que aquele novo amigo não era boa companhia...
Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar"...
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto a vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos...
Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos...
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade por suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
 "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo..."
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails).
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violava as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho, que achávamos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por qualquer crime... FOI TUDO POR CAUSA DELA.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos..."PAIS MAUS", como minha mãe foi.
EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE... NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS.

Dr. Carlos Hecktheuer 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

"Grandes Homens"!!!

Quem faz jus ao título de "grande homem"?
Não sei... O homem inteligente? Não basta ter inteligência para ser grande.
O homem poderoso? Há também poderosos mesquinhos...
Não basta qualquer forma de religião...
Podem todos esses homens possuir muita inteligência, muito poder, e certo espírito religioso e nem por isso serem grandes homens.
Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza.
Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a necessária liberdade de espírito... Pode ser que as suas boas qualidades não corram com essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes... Pode ser que a sua perfeição venha mesclada com um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral e violento.
O grande homem é silenciosamente bom... É genial, mas não exibe gênio.
É poderoso, mas não ostenta poder... Socorre a todos, sem precipitação.
É puro, mas não vocifera contra os impuros... Adora o que é sagrado, mas sem fanatismo... Carrega fardos pesados, com leveza e sem gemido.
Domina, mas sem insolência... É humilde, mas sem servilismo.
Fala às grandes distâncias, mas sem gritar... Ama, sem se oferecer...
Faz bem a todos, antes que se perceba.
O grande homem... "Não quebra cana fendida, nem apaga a mecha fumegante, nem se ouve o seu clamor nas ruas..."
Rasga caminhos novos sem esmagar ninguém... Abre largos espaços, sem arrombar portas... Entra no coração humano, sem se saber como.
Tudo isto faz o grande homem, porque é como o sol, esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor.
Assim é, e assim age o homem verdadeiramente grande, porque é instrumento nas mãos de Deus...
Desse Deus de infinita potência e de supremo amor...
Desse Deus, cuja força governa a imensidade do cosmos, e cuja paciência tolera as fraquezas do homem..."
" O grande homem é, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus"!


Huberto Rohden

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

"A Luta De Classes Ainda Existe"!!!


Os noticiários ultimamente estão cada vez mais, veiculando informações e notícias sobre os acontecimentos e fatos que acontecem no Brasil e no mundo.
A notícia é passada em segundos, cada vez mais rápido e globalizado...
Via internet e redes sociais, blogs ou sites, não importa, o fato é que a evolução tecnológica proporciona essa velocidade toda. No entanto, tanta informação muitas vezes é perdida, não percebida, não internalizada, não interpretada, não esclarecida, não entendida, não verificada, não comprovada, manipulada ou direcionada pelos interesses políticos e econômicos. Ou seja, as notícias atendem interesses que muitas vezes não são do bem comum do cidadão que paga seus impostos.
Corrupção e poder são parceiros irmãos no comando e no monopólio da informação. Não obstante, como muitos tentam provar o contrário, mas a luta de classes está colocada. Aliás, quando foi na história que a luta de classes nunca esteve presente?
Com certeza a resposta tenderá para o lado que acredita e comprova historicamente os fatos, mostrando que a luta entre os interesses de grupos sempre esteve presente, condicionando e muitas vezes evoluindo no processo de luta, demonstrando organização, superação e sobretudo um caráter socialista e revolucionário. Isto é, com base no arcabouço teórico marxista, a luta de classes foi uma forte forma de mostrar como era organizado o sistema.
Explorados e exploradores, senhor feudal ou servo, dominadores e dominados, pobres e ricos, escravagistas e escravos, incluídos e excluídos, etnias contra etnias, branco, negros, índios, mexicanos, americanos, franceses, uruguaios, ingleses, alemães, russos, chineses, africanos, argentinos, chilenos, indianos, japoneses, coreanos, dinamarqueses, australianos, todos, em tempos diferentes, em momentos diferentes, em lugares diferentes, em conjunturas e contextos diferentes, em situações e revoluções diferentes, em sistemas diferentes, os fortes abusaram dos fracos. Ou melhor dizendo, os maníacos tendem a serem malvados com os humildes.
A exploração é o que alimenta esse sistema podre que temos. As contradições e dialéticas são cada vez mais explosivas e dinâmicas. Não podemos prever as coisas com precisão. Falhas são e serão inevitáveis. Os excessos e os ódios estarão presentes. Ressentimentos e vingança são coisas que se poderem ser evitadas, seria melhor para todo mundo. Outra vez, não podemos perder o foco e muito menos sermos ingênuos ao ponto de achar que as coisas virão de graça para todos...
Muito trabalho precisará ser feito para atingir tal objetivo.
Conscientização, organização na luta ou manifestação, participação popular efetiva e real, recriar uma rede nova de lutas e reivindicações. As experiências nas organizações que estão sendo feitas no sentido de mobilizar as pessoas para manifestar seus direitos, mostram seus resultados para todos que tem um mínimo de informação disponível.
Televisão, rádio ou internet, tudo é passado para todos automaticamente quando esses eventos ocorreram. E tais eventos, foram uma nítida demonstração de lutas de classes em diferentes níveis ou formas em todo o planeta. Primavera Árabe e Manifestações de Junho no Brasil são uma forma de entender isso. No oriente médio a voz por liberdade e melhorias nas condições de vida foram uma tônica presente e constante.
Nas terras de Dilma a classe média foi a porta voz da Saúde, Educação, Transporte Público. Cobrando melhorias, enquanto que a periferia não tinha participado com mais vontade. Dialético, momentâneo, difícil de dizer como seria esse de vir...
De qualquer forma, a luta de classes ainda existe!!!

José Eduardo Brondi

terça-feira, 5 de novembro de 2013

" Promessas De Casamento"...

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
 - Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
" Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher... Declaro-os maduros".

Martha Medeiros
 

domingo, 3 de novembro de 2013

"Uma Lição Inesperada"!!!!


No último dia de férias, Lilico nem dormiu direito. Não via a hora de voltar à escola e rever os amigos. Acordou feliz da vida, tomou o café da manhã às pressas, pegou sua mochila e foi ao encontro deles. Abraçou-os à entrada da escola, mostrou o relógio que ganhara de Natal, contou sobre sua viagem ao litoral. Depois ouviu as histórias dos amigos e divertiu-se com eles, o coração latejando de alegria. Aos poucos, foi matando a saudade das descobertas que fazia ali, das meninas ruidosas, do azul e branco dos uniformes, daquele burburinho à beira do portão. Sentia-se como um peixe de volta ao mar. Mas, quando o sino anunciou o início das aulas, Lilico descobriu que caíra numa classe onde não havia nenhum de seus amigos. Encontrou lá só gente estranha, que o observava dos pés à cabeça, em silêncio. Viu-se perdido e o sorriso que iluminava seu rosto se apagou.
Antes de começar, a professora pediu que cada aluno se apresentasse.
Aborrecido, Lilico estudava seus novos companheiros. Tinha um japonês de cabelos espetados com jeito de nerd. Uma garota de olhos azuis, vinda do Sul, pareceu-lhe fria e arrogante. Um menino alto, que quase bateu no teto quando se ergueu, dava toda a pinta de ser um bobo. E a menina que morava no sítio? A coitada comia palavras, olhava-os assustada, igual a um bicho-do-mato. O mulato, filho de pescador, falava arrastado, estalando a língua, com sotaque de malandro.
E havia uns garotos com tatuagens umas meninas usando óculos de lentes grossas, todos esquisitos aos olhos de Lilico.
A professora? Tão diferente das que ele conhecera... Logo que soou o sinal para o recreio, Lilico saiu a mil por hora, à procura de seus antigos colegas. Surpreendeu-se ao vê-los em roda, animados, junto aos estudantes que haviam conhecido horas antes.
De volta à sala de aula, a professora passou uma tarefa em grupo.
Lilico caiu com o japonês, a menina gaúcha, o mulato e o grandalhão. Começaram a conversar cheios de cautela, mas paulatinamente foram se soltando, a ponto de, ao fim do exercício, parecer que se conheciam há anos. Lilico descobriu que o japonês não era nerd, não: era ótimo em Matemática, mas tinha dificuldade em Português. A gaúcha, que lhe parecera tão metida, era gentil e o mirava ternamente com seus lindos olhos azuis.
O mulato era um caiçara responsável, ajudava o pai desde criança e prometeu ensinar a todos os segredos de uma boa pescaria. O grandalhão não tinha nada de bobo. Raciocinava rapidamente e, com aquele tamanho, seria legal jogar basquete no time dele. Lilico descobriu mais. Inclusive que o haviam achado mal-humorado quando ele se apresentara, mas já não pensavam assim. Então, mirou a menina do sítio e pensou no quanto seria bom conhecê-la. Devia saber tudo de passarinhos.
Sim, justamente porque eram diferentes havia encanto nas pessoas...
Se ele descobrira aquilo no primeiro dia de aula, quantas descobertas não haveria de fazer no ano inteiro? E, como um lápis deslizando numa folha de papel, um sorriso se desenhou novamente no rosto de Lilico.
 
 "Em muitos julgamento mesquinhos,
 julgamos a nós mesmos na figura do outro. "
 (Autor desconhecido)

João Anzanello Carrascoza

sábado, 2 de novembro de 2013

"A Verdadeira Riqueza"!!!


Um dia um homem que acreditava na vida após a morte, e que valorizava o ser mais que o ter, hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade européia.
Depois da ceia, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía, de maneira soberba.
Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua vida na Terra.
Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias, títulos, valores diversos.
Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato, e que mais cedo ou mais tarde teremos que deixá-los.
Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais e não as posses terrenas, sempre passageiras.
No entanto, o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos aqueles bens não lhe pertenciam.
Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo:
- Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinqüenta anos, está bem?
- Ora, disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos já temos mais de sessenta e cinco anos de idade!
O hóspede respondeu prontamente:
- É por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato.
Chegará um dia em que você terá que deixar todas as posses materiais e partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do espírito imortal.
E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.
O homem materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.
E uma voz silenciosa, íntima, lhe perguntava:
- Que diferença fará, daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre?
- Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?
- Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?
- Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?
- Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?
- Se teve grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?
- Que diferença isso fará daqui a cem anos?
Absolutamente nenhuma !
No entanto, o que você fizer do seu tempo na Terra, fará muita diferença em sua vida, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.

Fênix Faustine