Somos Anjos e Mestres!
Todos nós sabemos alguma coisa que alguém, em algum lugar, precisa aprender e, por vezes, nós mesmos recordarmos.

domingo, 31 de março de 2013

"Começar ou Recomeçar"?


Decisão difícil de ser tomada ou assumida.
Existem épocas na nossa vida que começamos voluntariamente as mudanças em nossa vida; não porque tenhamos errado em nossas escolhas, mas sim porque já é hora de uma evolução neste sentido.
Nesses momentos nos questionamos e acreditamos em nós mesmos, num impulso de crescimento.
Ou pode ser que a vida faça romper inesperadamente alguma situação que já existia e era parte de nossa rotina.
Essa sim nos pega de surpresa e nos obriga através da dor a crescer obrigatoriamente.
No momento, nos sentimos como se tudo desabasse sobre nós; como se um grande buraco se abrisse sob nossos pés...
Calma... só com o tempo é que se entenderá essa transformação.
Essa época não é fácil e será necessária a fé para poder acreditar que não se está sozinho ou abandonado.
Acabar uma profissão ou trabalho depois de muito tempo, um casamento ou relacionamento que rompe ou “perder alguém que tanto gostamos”; são momentos que já acostumamos a ver outras pessoas passarem; mas quando é na nossa vida que ocorre, o entendimento fica às voltas como uma grande dor, mágoa ou revolta e que nos violenta mais ainda.
A fé que dizíamos ter nessa hora desaparece independente da crença de cada um.
Não se pode esquecer que nada acontece por acaso.
Essas situações em que nos sentimos perdidos e feridos nos fará voltar para dentro de nós mesmos e refletirmos e definirmos com maior clareza que rumo ser tomado e termos a confiança em um novo recomeço, um novo renascer; só que agora mais maduro.
Podemos entretanto, ficar lamentando incessantemente ao invés de despertarmos para esse novo horizonte que se abre para nós.
Essas situações vêm muitas vezes nos fazer valorizar alguma situação que não dávamos a devida atenção e através dessa transformação estaremos aprendendo novos valores.
Quando decidimos recomeçar antes dessas inesperadas transformações é porque já sentimos uma necessidade de crescimento e acabamos nos preparando para uma nova etapa na vida.
Cuidar da auto-estima, ter confiança e coragem para esses novos começos facilitarão esse novo recomeço.
Confiando sempre na força maior que não nos desampara nunca.

Silene B. Ayub


sábado, 30 de março de 2013

"Eu Sou"...



"Eu sou...
Eu sou os livros que leio, os lugares que conheço, as pessoas que amo.
Eu sou as orações que faço, as cartas que recebo, os sonhos que tenho.
Eu sou as decepções por que passei, as pessoas que perdi, as dificuldades que superei.
Eu sou as coisas que descobri, as lições que aprendi, os amigos que encontrei.
Eu sou os pedaços de mim que levaram, os pedaços de alguns que ficaram, as memórias que trago.
Eu sou as cores que gosto, os perfumes que uso, as músicas que ouço.
Eu sou os beijos que dei, sou aquilo que deixei e aquilo que escolhi.
Eu sou cada sorriso que abri, cada lágrima que caiu, cada vez que menti.
Eu sou cada um dos meus erros, cada perdão que não soube dar, cada palavra que calei.
Eu sou cada conquista alcançada, cada emoção controlada, cada laço que criei.
Eu sou cada promessa cumprida, cada calúnia sofrida, a indiferença que se formou.
Eu sou o braço que poucas vezes torceu, a mão que muitas outras se estendeu, a boca que não se calou.
Eu sou as lembranças que tenho, os objetivos que traço, as mudanças que sofrerei.
Eu sou a infância que tive, sou a fé que carrego e o destino que reinventei."


 Autor desconhecido.

sexta-feira, 29 de março de 2013

"O Homem Novo a partir do Homem Velho"!!!!

Páscoa é uma palavra hebraica que significa "libertação". Com o êxodo, a Páscoa hebraica será a lembrança perpétua da libertação do povo hebreu da escravidão do Egito, através de Moisés. Assumida pelos cristãos, a Páscoa Cristã será a lembrança permanente de que Deus libera seu povo de seus "pecados" (erros), através de Jesus Cristo, novo cordeiro pascal.
O ritual da Páscoa mantém viva a memória da libertação, ao longo de todas as gerações. "Cristo é a nossa Páscoa (libertação), pois Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" - (João, 1:29).
João usou o termo Cordeiro, porque usava-se na época de Moisés, sacrificar um cordeiro para agradar á Deus. Portanto, dá-se a idéia de que, Deus sacrificou Jesus para nos libertar dos pecados. Mas para nos libertarmos dos "pecados", ou seja, dos erros, devemos estar dispostos a contribuir, utilizando os ensinamentos do Cristo como nosso guia. Porque Jesus não morreu para nos salvar; Jesus viveu para nos mostrar o caminho da salvação. Esta palavra "salvação", segundo Emmanuel, vale por "reparação", "restauração", "refazimento".
Portanto, "salvação" não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é "libertação" de compromisso; é regularização de débitos. E, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não seremos salvos das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade.
Portanto, aproveitemos mais esta data, para revermos os pedidos do Cristo, para "renovarmos" nossas atitudes. Como disse Celso Martins, no livro "Em busca do homem novo" : "Que surja o homem NOVO a partir do homem VELHO. Que do homem velho, coberto de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de preconceito, ou seja, coberto de ignorância e inobservância com relação às leis Morais, possa surgir, para ventura de todos nós, o homem novo, gerado sob o influxo revitalizante das palavras e dos exemplos de Jesus Cristo, o grande esquecido por muitos de nós, que se agitam na presente sociedade tecnológica, na atual civilização dita e havida como cristã.
Que este homem novo seja um soldado da Paz neste mundo em guerras. Um lavrador do Bem neste planeta de indiferença e insensibilidade. Um paladino da Justiça neste orbe de injustiças sociais e de tiranias econômicas, políticas e/ou militares. Um defensor da Verdade num plano onde imperam a mentira e o preconceito tantas e tantas vezes em conluios sinistros com as superstições, as crendices e o fanatismo irracional.
Que este homem novo, anseio de todos nós, seja um operário da Caridade, como entendia Jesus: Benevolência para com todos, perdão das ofensas, indulgência para com as imperfeições alheias.
Por isso, nós Espíritas, podemos dizer que, comemoramos a páscoa todos os dias. A busca desta "libertação" e/ou "renovação" é diário, e não somente no dia e mês pré determinado.
Queremos nos livrar deste homem velho...Que ainda dá maior importância para o coelhinho, o chocolate, o bacalhau, etc., do que renovar-se. Que acha desrespeito comer carne vermelha no dia em que o Cristo é lembrado na cruz. Sem se dar conta que o desrespeito está em esquecer-se Dele, nos outros 364 dias do ano, quando odiamos, não perdoamos, lesamos o corpo físico com bebidas alcoólicas, cigarro, comidas em excesso, drogas, sexo desregrado, enganamos o próximo, maltratamos o animal, a natureza, quando abortamos, etc. Aliás, fazemos na páscoa o que fazemos no Natal. Duas datas para reflexão. Mas que confundimos, infelizmente, com presentes, festas, comidas, etc.
Portanto, quando uma instituição espírita se propõe a distribuir ovos de páscoa aos carentes não significa que esteja comemorando esse dia, apenas está cumprindo o preceito de caridade, distribuindo um pouco de alegria aos necessitados.

Rudymara 

quinta-feira, 28 de março de 2013

"Borboletas"...



Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam...
Não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas...
Você vai achar  não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Mario Quintana

quarta-feira, 27 de março de 2013

"Podemos mudar o Karma nas relações"?


Desde que me conheço por gente, tenho me dedicado a tentar compreender a vida e a trilhar um caminho sem sofrimento, ou no mínimo, menos sofrível. E no meio dessa busca de compreensão, a primeira lição descoberta, na filosofia espírita, foi a existência do karma, ações de vidas passadas que justificam os resgates da vida atual. Com certeza, foi muito esclarecedor, mas ainda bem pouco libertador, porque sentia tudo isso como verdadeiro, apesar dos aspectos limitadores.
Tinha muitas dúvidas, não entendia, inclusive, se tinha o direito de desejar alterar o karma, o que significaria mudar de vida, tomar atitudes difíceis. Naquela época, pensava se seria correto me separar ou não do meu, então, marido. Pois pensava que se era uma relação kármica, qual direito eu tinha de interromper o processo?
Mas o sofrimento impulsiona... E fui vendo que precisava aprender mais, compreender o que Deus havia traçado para mim. Porém, foi um período de grande conflito. Como era muito jovem, percebi que mesmo estando casada, o coração estava vazio e, por isso, olhava do lado, observava outras pessoas, sentia atração por outros homens, sentia inveja vendo gente bem casada, e depois, naturalmente, enchia-me de culpa e me sentia um lixo. Finalmente, depois de tanto sofrer, cheguei à brilhante e triste conclusão que estava gerando novos karmas.
O próximo passo foi descobrir que precisava mudar isso, já que além do componente moral distorcido, emocional em conflito, eu estava adoecendo. E foi por este grande e doloroso impulso que me abri à filosofia oriental. No entanto, tudo permanecia confuso. Não sabia no que acreditar, mas não podia mentir para mim mesma, nem represar o desejo de tentar ser feliz de um outro jeito.
A vida me exigiu escolhas e posicionamentos. E hoje sei que a tomada de consciência, movida pela dor, foi fundamental.
Casar, descasar, abrindo mão do sonho, é sofrido, para qualquer pessoa, e em qualquer idade, porque é normal ter medo do novo, da solidão, de errar como se tivéssemos nascido para ficar a vida inteira com a outra pessoa. Alguns, além dos dramas íntimos, têm medo de ferir o outro e terminam por se afundar cada vez mais na relação.
O conhecimento de Vidas Passadas, nesse sentido, foi muito libertador, pois compreendi que vivi coisas muito diferentes no passado, já fui vítima e também algoz e, o melhor, nem sempre ao lado daquela pessoa. Na época, tudo no casamento era problemático, até os diálogos e os pequenos comentários se transformavam em longas discussões, na tentativa de encontrar um consenso.
Hoje, vejo que eu era péssima para meu ex-marido, assim como ele era péssimo para mim. Um despertava o pior do outro. Foi apenas no momento em que não quis mais mudar meu companheiro, e que não tinha mais raiva dele, que consegui me libertar. Começou a brotar em mim o desejo honesto de vê-lo feliz. Não era mais perturbada pela raiva. Queria me separar para ser eu mesma. E foi nesse ponto que o karma acabou!
Anos depois, vi muitos casos como o meu. Vi muitas pessoas presas ao desejo de salvar o casamento, ou mudar a outra pessoa, e percebi que não há uma regra, ou um tempo que seja igual para todo mundo. Sei apenas que podemos e devemos procurar a felicidade e simplificar aquilo que sentimos, fazendo uma corajosa autoanálise, perguntando-nos se estamos felizes, se desejamos viver assim até a velhice?
Quando fazemos o que precisa ser feito, quando tiramos a raiva e a emoção do contexto, tudo fica mais fácil. Claro que para chegar até esse ponto existe um bom caminho, mas é possível trilhá-lo.
Sempre brinco dizendo que antigamente os casamentos eram eternos porque as pessoas morriam cedo. Hoje, uma pessoa de quarenta, cinqüenta anos, tem, no mínimo, a expectativa de viver mais vinte ou trinta anos, com saúde e lucidez. Então, como se imaginar levando adiante uma relação pesada, negativa, cheia de ódios?
Tenho certeza que ninguém merece viver assim e que Deus quer nos ver felizes, transformados pelas experiências, mais maduros e vencendo o nosso karma, mas nunca esquecendo que o que nos motiva é o amor, o crescimento espiritual, a tranqüilidade de uma vida honesta e em harmonia.
"Ser feliz no momento presente é o grande tesouro da existência. Por isso, tenha coragem e comece a se arrumar, lembrando que tudo começa com uma corajosa autoanálise".


Maria Silvia Orlovas 

"O Mundo pirou'???



Cirurgia de lipoaspiração?
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar ...culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é a saúde e outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é a dieta. Fé, só na estética. Ritual é a malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo e sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de policia. Celulite é falta de educação e Filho da Puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, imagem, estática, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mai importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber na roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulimicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
“CUIDE BEM DO SEU AMOR, SEJA ELE QUEM FOR.”
Herbert Vianna

terça-feira, 26 de março de 2013

"O Amor Maduro"!



O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas quase silencioso. Não é menor em extensão.
É mais definido, colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.
O amor maduro somente aceita viver os problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.
O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão.
Basta-se com o todo do pouco.
Não precisa nem quer nada do muito.
Está relacionado com a vida e a sua incompletude, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso.
É feito de compreensão, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança.
O amor maduro não disputa, não cobra, pouco pergunta, menos quer saber. Teme, sim. Porém, não faz do temor, argumento.
Basta-se com a própria existência.
Alimenta-se do instante presente valorizado e importante porque redentor de todos os equívocos do passado.
O amor maduro é a regeneração de cada erro.
Ele é filho da capacidade de crer e continuar, é o sentimento que se manteve mais forte depois de todas as ameaças, guerras ou inundações existenciais com epidemias de ciúme.
O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu mesmo tendo ficado para depois.
Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados cheios de sementes.
Ele não pede... Tem!.
Não reivindica... Consegue!
Não persegue... Recebe!
Não exige... Dá!
Não pergunta... Adivinha!
Existe, para fazer feliz... Só teme o que cansa, machuca ou desgasta!!!

 Arthur da Távola

domingo, 24 de março de 2013

"A Dor da Traição"...



A dor da traição pode levar a uma morte lenta de sentimento. Além de deixar qualquer pessoa arrasada espiritualmente e sentimentalmente, deixa-a também arrasada moralmente. Quando estamos apaixonados o descontrole emocional é muito maior do que quando estamos amando.
O apaixonado traído nada enxerga, é profundamente egoísta, e não arreda o pé quando está errado. Alguns chegam ao absurdo de irem atrás do rival ou da rival para tomarem satisfações. Eu fico pensando para quê? Sendo que o traidor não é quem saiu com sua esposa, marido ou namorado (a).
Descontar no (a) rival a sua raiva, dizer desaforos, esse, realmente não é o caminho... Seja inteligente nessas horas e pense que quem lhe traiu não foi o (a) rival. Isso é se humilhar e querer ser humilhado mais ainda do que já está sendo. Aquele que trai sempre tem um motivo para isso (Causa e Efeito).
Só ama e é amado verdadeiramente, quem compreende o outro... Quando é amigo e companheiro (a) não tem razão para trair. Onde não há amor, nem diálogo não há entendimento, se houver diálogo e se isso não resultar em nada e tudo continuar na mesma, somente há um caminho... É a separação!
Se comportar também da mesma forma que o outro, traindo por vingança, por estar com seu orgulho ferido é uma atitude de fraqueza e falta de inteligência.
Só vive de migalhas e restos de alguém quem quer... Não temos que ser covardes e ficar fingindo que está tudo bem somente para satisfazer o nosso desejo de querer; por comodismo ou costume de convivência.
Não temos que obrigar ninguém a viver do nosso lado e nem somos obrigados a viver ao lado de alguém que não mais gostamos ou porque somos loucamente apaixonados por ela (e). Não temos que ter medo de ficar sozinhos e nem tão pouco utilizar os filhos como desculpa.
Já escrevi um texto parecido com esse. Mas reescrevo porque não consigo entender porque tantas pessoas insistem em viver e se obrigam a fazer o que não querem, e o pior, é que alguns conseguem convencer o outro (a) a aceitar essa posição ridícula.
Quem diz que faz isso porque ama é mentiroso. Quem ama realmente não faz isso. Mesmo que ame o outro, se insistir continuar com uma convivência falida não ama a si mesmo.
Quem ama, não traí jamais, porque não precisa encontrar em outros braços o que já tem, não se vinga, nem avisa e nem blefa que vai trair.
Quem ama realmente não se esconde atrás de uma máscara... É claro, é limpo, objetivo, é decidido, é verdadeiro com ele mesmo. O perdão ao traidor pode até ser dado, mas fazer como muitos casais fazem que continuam convivendo ao lado do traidor, respirando o mesmo ar do traidor... É demais.
Pode se concluir que os dois são iguais, mesmo sabendo que é traído, fala mal do companheiro (a), mas continuam juntinhos... Isso é mais que se menosprezar. Todo aquele que é traído e perdoa o traidor, sabe no seu intimo que não será mais a mesma coisa...
Que ficará eternamente uma cicatriz, existirá sempre a desconfiança, a vida a dois que era como a delicadeza de um vaso de cristal, ficara da mesma forma como se o vaso tivesse sido quebrado e depois colado vendo suas rachaduras. Recusam-se em ver a realidade não dão chance a si mesmos e nem ao outro para serem felizes.
Puro egoísmo e desrespeito a si próprio, desrespeito aos seus próprios sentimentos e aos sentimentos do outro. Se sentem arrasados, sâo covardes, e muitas vezes se agarram na vingança. Quando há interesses financeiros em jogo, o egoísmo, a ambição falam mais alto do que a sua própria felicidade.
Não tem mais a capacidade de se fazer respeitar, perde a auto-estima, mas mesmo assim querem se sentir ainda poderoso (a). O que se ganha com a traição? Nada...
Somente dissabores, insegurança, medo, medo principalmente de uma nova relação, e outras coisas mais. A traição não é honrosa e nem traz honrarias a ninguém, ela é triste, é amarga. Infelizmente, aonde não houver amor verdadeiro a traição existirá sempre.


SBernardelli

sexta-feira, 22 de março de 2013

"Amores Impossíveis"!

O que torna os amores impossíveis mais bonitos é justamente a impossibilidade. Esta atrai.
A dificuldade nos impulsiona, nos motiva... Exatamente como o perigo.
As pessoas gostam de se medir às dificuldades porque têm necessidade de provar que são mais fortes. Assim, quanto mais difícil, mais o amor parece ser grande, excepcional e único. E quem não quer viver algo grande, excepcional e único?!
Num amor impossível cabem todos os sonhos, todas as perfeições, o mínimo detalhe é idealizado. Colocamos na nossa cabeça que aquela pessoa é exatamente o que esperamos da vida, mesmo se tudo parece contra. Ele fica pra sempre, mesmo se outros amores vêm e vão depois...
E, deixa aquela sensação de inacabado que nos persegue pra sempre.
Creio que no quebra-cabeças da vida é aquela pecinha que fica faltando para completar o todo.
E mesmo se as noventa e nove outras estão lá, é aquela que falta, só aquela que deixa aquela dorzinha estranha que a gente não sabe definir, mas que sente de forma tão nítida e clara.
Acontece de um amor impossível tornar-se possível e isso quase sempre rouba a magia do sentimento. Inconscientemente muitos sabem disso, o que leva pessoas a preferirem viver um impossível que dá satisfação que um possível que pode abrir os olhos para a realidade. Porque uma vez que o amor torna-se possível, acaba a expectativa, acaba o sonho...
O homem foi feito pra ter sonhos, pra esperar por eles! O que explica o porquê de uma pessoa amar outra pela eternidade e nunca se declarar, de certos amores virtuais preferirem continuar no virtual.
Um amor impossível pode marcar uma pessoa mais que toda uma vida vivida ao lado de outra. E no outono da vida, quando o passado se faz mais presente que o próprio presente, é aquele amor que vai fazer brilhar os olhos e lembrar ao coração que ele ainda bate.
O impossível é belo!... Como o arco-íris, o horizonte, o céu, o infinito!...
Mantém acesa a chama no coração do homem e o faz sentir-se vivo.

L.Thompson

quinta-feira, 21 de março de 2013

" Ouvir o Inaudível"...


Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande mestre com o objetivo de prepará-lo para ser uma  grande pessoa. Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de descrever todos os sons da floresta. Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir.
Então disse o príncipe: - "Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus..." E ao terminar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse a floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível.
Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu a ordem do mestre, pensando: "Não entendo, eu já distingui todos  os sons da floresta"...
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... Mas, não conseguiu distinguir nada de novo além daquilo que havia dito ao mestre. Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam.
Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz.
Pensou: "Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse..." E sem pressa, ficou ali ouvindo e  ouvindo, pacientemente. Queria ter certeza de que estava no caminho certo. Quando retornou ao templo, o  mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir.
Paciente e respeitosamente o príncipe disse:- "Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite..."
O mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse...
"Ouvir o inaudível é ter a calma  necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender as reais necessidades de cada um.
A morte de uma relação começa quando as pessoas ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem se atentarem no que vai no interior das pessoas para ouvir os seus sentimentos, desejos e opiniões reais.
"É preciso, portanto, ouvir o lado inaudível das coisas, o lado não mensurado, mas que tem o seu valor,  pois é o lado mais importante do ser humano"...

 Autor Desconhecido 

quarta-feira, 20 de março de 2013

"Dom Quixote e a Modernidade"!

Dom Quixote foi escrito pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes em 1605.
A mais famosa obra de Cervantes foi o primeiro produto de massa da história da humanidade a acontecer e, atualmente, é o segundo livro mais traduzido do mundo. Para a mentalidade ainda medieval do século XVI, Dom Quixote era cômico.
Em meados de 1800, Dom Quixote era considerado libertário. E, no século XX, comentava-se que ele era lunático. Algo de importante deve ter Dom Quixote, pois o vemos não apenas na literatura como também na história, na filosofia e na arte há 400 anos.
É um personagem revolucionário e fundador e, ao mesmo tempo, universal e eterno.
O personagem de Dom Quixote já faz parte do hall de arquétipos junguianos da humanidade.
O fidalgo era guerreiro, assim como a maioria das pessoas, principalmente, o brasileiro, o é. Ele saiu de sua aldeia e foi para o mundo, assim como fazemos quando deixamos de ser criança para nos aventurar no mundo adulto.
Dom Quixote fugiu da vida real e foi se esconder em suas fantasias, assim como fazem algumas pessoas que preferem não encarar a realidade.
Dom Quixote era um louco lúcido porque enxergava o que os outros não enxergavam, mas também era ingênuo porque a maioria de nós sabe que é impossível mudar o mundo – pode ser que seja possível alguma mudança no bairro em que moramos. O personagem idealista fez uma apologia à amizade, relação na qual aconteceram milhares de sentimentos bons e ruins.
Apesar de opostos, um não podia existir sem o outro, pois eram complementares. Afinal, a humanidade é produto dessa multiplicidade de dualidades.
Assim como hoje, na época de Cervantes coexistiam os que podiam se gabar de suas riquezas infindáveis e os que não tinham onde cair mortos. Dom Quixote tinha o espírito aventureiro de Cervantes – o mesmo, provavelmente, do ser humano. Cervantes fala de liberdade em sua obra, mas não da liberdade de nascer acorrentado a um sistema que em sua época já era capitalista e ditador.
Foi devido à mente altruísta e justa de Cervantes que o espírito da esperança, através do personagem Dom Quixote de La Mancha, permaneceu vivo até hoje e jamais morrerá.
Apesar das dificuldades que a humanidade enfrenta a cada dia, é preciso acreditar que existe uma solução para quase todas as coisas.


Carol Westphalen 

terça-feira, 19 de março de 2013

"Lição Prática de Direito"...

"Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis? Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira, porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal, porém respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula? Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para pratica-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciarem uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vá buscar o Juan, disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito...
"Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia."

Autor Desconhecido

segunda-feira, 18 de março de 2013

"Toda história tem sempre três lados"...

Ah, que saudade... Eu NÃO tenho da época que achava que a minha verdade era absoluta!
Estar cego em um ponto de vista levará você a perder grandes oportunidades, grandes amigos e até mesmo a oportunidade de aprender e evoluir. Somos seres em segunda época que somente com o aprendizado em cada situação vivida e a evolução passaremos à outra dimensão.
Tenho, sim, a humildade de reconhecer que um dia já fui muito diferente do que sou hoje. Possuía enormes defeitos como, por exemplo, não enxergar o outro para atingir um objetivo. Pessoas eram apenas participantes da minha história de vida e nos vai-e-vens me transformei e, hoje, posso dizer que vivo muito mais feliz e em harmonia com o todo.
Aprendi que cada história ou conflito compartilhado tem sempre três lados, o da pessoa que lhe conta a sua versão, a versão do outro e finalmente a verdade, que é justamente a parte da história sem nenhuma potência associada. Como potência associada, posso incluir a raiva que sinto naquele momento, o medo, o peso de histórias passadas, o momento atual em que vivemos, sim! Tudo isso reflete para que você enxergue somente o seu lado e as perdas podem ser irreparáveis e enormes. Ceder e ter a humildade de escutar o outro lado da história, sentir o que o outro sente e se colocar no lugar do outro é, sim, um aprendizado de vida, é um treinamento que requer constância. E no dia em que você conseguir ouvir uma história ou dela ser participante e conseguir se tornar um observador, tenha absoluta certeza que você deu mais um passo na sua trajetória de evolução pessoal.
O termo "ser político" se depreciou ao longo do tempo, mas na melhor das intenções, vou dizer que em muitas situações que vivemos, temos que ser políticos, ou seja, agradar a todos e depois, então, com a cabeça fria e em paz poder interagir com a história do outro e, assim, encontrar o caminho do meio que é realmente o da verdade.
O desafio hoje em dia não é acumular informação e, sim, saber discernir a informação. Conceitos, temos aos montes, mas o verdadeiro aprendizado evolutivo está em aplicar tais conhecimentos adquiridos. A informação é importante quando agregada à prática. O discernimento é igual à proporção entre informação e conhecimento, o resto é desperdiçado.
As experiências negativas são tesouros que alimentam o discernimento. É necessário estudá-las para entendê-las a fim de adquirir informação. Aquele aspecto vivenciado e entendido dará frutos, pois a vivência já existiu, devemos, então, aproveitar os frutos. Só enxergo e percebo no outro aquilo que enxergo e percebo em mim mesmo.
A clareza da decisão depende de como você vê o fato.
Então, para que perder tempo com coisas que lhe fazem mal, para que perder tempo com pensamentos e emoções negativas se a qualidade de sua vida está associada à qualidade que você dá a seu tempo? Se o seu ponto de vista for absolutista em qualquer situação que não seja espiritual o levará ao fracasso e a decepção. Neste caso, cada falha é uma decepção e não uma dificuldade.
No exercício do amor, do dar e receber é que damos oportunidade de desenvolver quatro princípios fundamentais: o amor, o respeito, a dignidade e a simplicidade.
Quem consegue ter esses princípios bem estabelecidos se adequa a qualquer meio. Para desenvolver o princípio do amor é preciso conviver com alguém que tenha esse princípio, para que haja a troca necessária. O princípio do respeito se concretiza quando você reconhece o espaço do outro e o seu em sua mente.
O princípio da dignidade é que dá sustentação à pressão, tão comum nos dias de hoje. O princípio da dignidade reconhece que você é tão digno quanto o outro. Quando eu me sinto digno, eu me posiciono com firmeza. Eu não sou mais pessoa que você, e você não é mais pessoa do que eu.
O princípio da simplicidade é a capacidade de expressar o seu conteúdo na medida da compreensão do outro. Quem tem boa dignidade e simplicidade tem boa estratégia.
Querer ser justo em excesso, na maioria das vezes, leva você a uma exposição desnecessária e muitas vezes à decepção, pois, ser justo é entender que há medidas diferentes do que quer que seja para você e para o outro. Um exemplo característico é o tamanho de cada luva, nem todas as pessoas usam o mesmo tamanho de luva.
Aí, então, caímos na vaidade que é justamente quando não entendemos que todas as histórias têm sempre três lados e enxergamos somente o nosso. A vaidade dá rasteira na justiça, o poder subiu à cabeça e a justiça se perdeu. Somente quando este princípio está bem consolidado é que entendemos que as coisas são relativas e que existe o desigual.
Este desigual consiste no momento de vida em que a pessoa se encontra, no seu grau de evolução, nas histórias e bloqueios que já viveu, nas suas mágoas atuais e no contexto de vida que ela criou como seu mundo de verdades.
Normalmente, julgamos os outros porque temos preguiça de analisar e identificar suas crenças e aprender a gerenciá-las.
Tudo, então, só começa a melhorar quando tomamos consciência de nós mesmos. Enquanto não percebermos que não somos donos da verdade absoluta, ficaremos escravos dela.
Quando a energia do equilíbrio se estabelece e os bloqueios se desfazem, o perdão se concretiza e atingimos outro patamar de realidade, onde não há mais espaço para coisas ruins e a sua qualidade de vida se modifica completamente, pois você passa a atrair somente pessoas e situações que estão na sua mesma sintonia energética, ou seja, de acordo com o seu momento atual.

Maria IsabelCarapinha

domingo, 17 de março de 2013

"Crianças e Escolas...Futuro ou Passado"?


Quero falar sobre as crianças... As pequenas e as eternas crianças internas que todos nós temos.
Não quero defender a anarquia, pois sei que para um bom desenvolvimento do grupo precisamos de alguns limites. Mas quero, sim, desafiar nossos pensamentos e crenças a respeito de como permitimos que as crianças expressem sua criatividade e talentos naturais no ambiente onde elas passam metade do dia, 5 dias por semana, no mínimo.
Fico chocada com as escolas atuais que se dizem muito antenadas com o que existe de mais moderno na educação, mas ainda limitam o uso de canetas coloridas durante a aula ou pequenos desenhos nos cadernos de "lição".
"Liberdade" de expressão e criatividade, só na hora e lugar certo e do jeito que for permitido!
Ou nos convencendo de quão importante é o uniforme que "uniformiza" os gostos, estilos e cores, obrigando as crianças a seguirem um padrão de vestimenta que depois é revivida nas empresas e grupos, forçando a adaptação para a busca de aceitação. "Adapte-se e seja igual ou dê o fora!"
Que ao invés de feira de ciências, poderíamos ter uma feira de trocas, onde cada um traria o que não quer mais para trocar com um amigo e assim diminuiríamos muito o consumo desenfreado de brinquedos descartáveis que despertam o interesse das crianças apenas por poucos meses (quando tanto).
As notas e avaliações que ensinam e doutrinam a comparação com o outro (aluno) através de um julgamento de um terceiro (professor). Não seria mais lógico ensinarmos às crianças que o seu valor está dentro, e que comparações com o que está fora só nos leva à frustração? Que nada muda sua importância se uma é melhor que matemática do que a outra? E que se uma matéria é um desafio complexo, não muda quem você realmente é. Que o que realmente importa é aprender a gostar de estudar um assunto que realmente instigue e interesse você.
Que gramática não é mais importante que poesia.
Que química não é mais importante que música.
Que historia não é mais importante que desenho.
Onde a sabedoria do corpo (somática) fosse tão valorizada como a sabedoria da mente (cognitiva) e que se trabalhadas em conjunto seriam a melhor referência de sucesso possível.
E que a melhor coisa antes de iniciar uma aula é uma boa ginástica para integração dos hemisférios direito e esquerdo do cérebro através de movimentos corporais e músicas! E que tão importante quanto ficar quietos para assistir uma aula é dar uma boa gargalhada para estimular sinapses cerebrais importantes para o aprendizado.
E que se elas não se comportarem adequadamente, iremos medicá-las com as drogas certas para que se enquadrem no que as escolas consideram correto.
Depois de todo esse esforço para padronizarmos e sufocarmos as nossas crianças queremos que se tornem adultos criativos, multi-tarefas, seguros e com boa autoestima, levem uma vida equilibrada com foco na saúde do corpo e tenham interesse em novos aprendizados para seu autoaperfeiçoamento.
Não posso mudar as escolas. Não é essa minha missão. Mas talvez seja a sua.
O que posso sugerir é que ao encontrarmos crenças como essas por aí, possamos ter a ousadia de questioná-las.
E que também possamos nos permitir um pouco mais de alegria e liberdade no cotidiano. Para as crianças pequenas e as internas.
Que você possa se lembrar do que gostava de fazer quando mais novo (a). Um talento, uma brincadeira, uma comida ou doce favorito, uma música que faz você viajar no tempo, um lugar, um amigo.
E que essas lembranças também possam ocupar um bom lugar na sua vida.


Nathalie Favaron

sábado, 16 de março de 2013

"Poema da Saudade"!!!


Em alguma outra vida,devemos ter feito algo muito grave, para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta doí. Bater o queixo no chão doí. Doí morder a língua, cólica doí, doí torcer o tornozelo. Doí bater a cabeça na quina da mesa,carie doí,pedras nos rins também doí.
Mas o que mais doí é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma brincadeira de infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade de nós mesmo,o tempo não perdoá.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se Ama...
Saudade da pele,do cheiro,dos beijos. Saudade da presença,e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ele no quarto,sem se verem,mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ele para a trabalho,mas sabiam-se onde.
Você podia ficar sem vê-lo,e ele sem vê-la,mas sabiam-se amanhã...
Contudo,quando o Amor de um acaba,ou torna-se menor no outro, sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é basicamente não saber. Não saber se ele continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Se aprendeu a entrar na internet,se aprendeu a ter calma no trânsito...
Se continua preferindo cerveja a uísque(e qual a cerveja)...
Se continua sorrindo com aqueles olhos apertados,e que sorriso lindo.
Será que ele continua cantando aquelas mesmas musicas tão bem(ao menos eu admirava)?
Será que ele continua fumando e se continua adorando Mc Donalds?
Será que ele continua não amando os livros,e ela cada vez mais? E continua não gostando de dar longas caminhadas,e ela não assistindo televisão?
Será que ele continua gostando de filmes de ação,e ela de chorar em comédias.
Será que ela continua lendo os livros que já leu? Será que ele continua tossindo cada vez que fuma? Saber é não saber mesmo!!!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais longos,não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento. Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ele está com outra,e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz,e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro,se ele está mais belo.
Saudade é nunca mais saber de quem se Ama e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti(e sinto) enquanto estive escrevendo e o que você (deveria) provavelmente estar sentido agora depois que acabou de ler.
"Quem inventou a distância nunca sofreu a dor de uma saudadade'!

Martha Medeiros


sexta-feira, 15 de março de 2013

"Amor Perdido"!



 "Amar o perdido
 deixa confundido
 este coração.

Nada pode o olvido
 contra o sem sentido
 apelo do Não.

As coisas tangíveis
 tornam-se insensíveis
 à palma da mão

Mas as coisas findas
 muito mais que lindas,
 essas ficarão."
 Por Ser Intangível...
Morrerei de Amor Porque Te Quero!

Carlos Drumond de Andrade

quinta-feira, 14 de março de 2013

" O Épico Aquecimento Global"



O épico aquecimento global: da temperatura mais fria a mais quente em um século
De acordo com o climatologista Shaun Marcott, o aquecimento global impulsionou o clima da Terra de uma das suas décadas mais frias desde a última Idade do Gelo para uma de suas décadas mais quentes em apenas um século.
Um pico de calor como esse nunca aconteceu antes, pelo menos não nos últimos 11.300 anos dos quais temos registro. A nova descoberta é um bom indicador de quão rápido a mudança climática causada pelo homem progrediu – um século é um período muito curto de tempo para tal aumento.
A Terra estava muito fria na virada do século 20. A década de 1900-1909 foi mais fria do que 95% dos últimos 11.300 anos. Já na virada do século 21, ocorreu o oposto. Entre 2000 e 2009, o planeta esteve mais quente do que cerca de 75% dos últimos 11.300 anos.
A gama de temperaturas (de frias a quentes) produzida desde a revolução industrial é quase a mesmo que a dos 11.000 anos antes da revolução começar – ou seja, a mudança aconteceu muito mais rapidamente.
Os cientistas da Universidade Estadual do Oregon e da Universidade de Harvard (ambas nos EUA) acreditam que, se não fosse por influências artificiais, a Terra estaria em uma fase muito fria agora, e ficaria ainda mais fria.
Variações na forma como a Terra está inclinada e sua órbita ao redor do sol formam um padrão de fases de aquecimento planetário, seguido de fases de resfriamento através dos milênios.
“Se tivéssemos que prever a temperatura com base em onde estamos em relação à posição do sol e como estamos inclinados, poderíamos prever que estaríamos esfriando mais, mas não estamos”.
Em vez disso, o planeta está aquecendo. Em 2100, a Terra estará mais quente do que nunca. Se as emissões continuarem a aumentar como estão previstas, as temperaturas globais vão subir “bem acima de qualquer coisa que já vimos nos últimos 11.000 anos”.
Para obter uma visão sobre as temperaturas globais de muito tempo atrás, os pesquisadores estudaram 73 amostras de sedimento e gelo polares, tomadas de todo o globo. Produtos químicos encontrados em fósseis nessas amostras abrangem várias épocas e são bons indicadores de temperaturas históricas na Terra.
Os cientistas queriam colocar as tendências da temperatura global em uma perspectiva de longo alcance. Isso porque os críticos das pesquisas sobre mudanças climáticas se queixam de que elas geralmente cobrem os últimos 1.500 a 2.000 anos, e portanto são muito limitadas.
Eles argumentam que estudos mais curtos não levam em conta que o aquecimento que a Terra está vendo hoje poderia ter acontecido naturalmente milhares de anos atrás.
Apesar destes estudos mais curtos se basearem em métodos que são muito diferentes da nova pesquisa, nos dois mil anos em que se sobrepõem, os resultados têm sido basicamente os mesmos.
"Nossos dados mostram que estes estudos [mais curtos] não perderam nada”. E os resultados paralelos corroboram a precisão da nova pesquisa também.
Para chegar a tal conclusão, os cientistas escolheram o período de tempo conhecido como Holoceno para abranger sua pesquisa, porque é a mais recente fase natural quente da história da Terra. Começou no final da última Idade do Gelo, cerca de 11.500 anos atrás, e ainda estamos nele.
O Holoceno foi também a época da realização humana, o início da civilização moderna. Padrões climáticos estáveis ajudaram as pessoas a fazer tudo o que queriam, em parte porque elas não tinham mais que combater o frio de uma Idade do Gelo.
Nesse período, iniciamos a agricultura, que estendeu nossa expectativa de vida e aumentou a população da Terra. Em seguida, construímos cidades e estradas, desenvolvemos a arte, línguas e leis. Formamos impérios e nações. Eventualmente, inventamos máquinas, caindo na era industrializada, impulsionada por motores e turbinas, que são alimentados por combustível. Assim começou os efeitos dos gases (efeito estufa) nas mudanças climáticas causadas pelo homem.
O principal gás culpado é o dióxido de carbono, e seus níveis saltaram nos últimos 100 anos. Nos 11.000 anos anteriores, tais níveis mudaram apenas “muito lentamente”.
Marcott está preocupado com a capacidade das pessoas de se adaptar a um clima talvez drasticamente alterado. A última vez que a Terra esteve tão quente quanto é projetada para estar em 2100 foi antes da última Idade do Gelo começar, mais de 130.000 anos atrás. Esse período está muito longe no tempo para que seja possível recolher dados confiáveis sobre ele.
Por conta disso, Marcott não quis especular sobre como o mundo vai se parecer em 2100 caso o aquecimento global continue. “Mas certamente espero que possamos evitar isso”, concluiu.[CNN]


Natasha Romanzoti 

quarta-feira, 13 de março de 2013

"Loucos e Santos"

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto... Velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

  Oscar Wilde

terça-feira, 12 de março de 2013

"Com os Olhos da Alma"!


O que aconteceria se todos nós, em nosso cotidiano, saíssemos às ruas com a câmara fotográfica da alma, a máquina filmadora da mente e o microfone do coração?
Isso mesmo. Que tal se todos nos tornássemos repórteres de um jornal imaginário mas importantíssimo: O nosso diário?
Estamos habituados a ler as manchetes jornalísticas que falam da violência, da queda das bolsas de valores, de maldades e tragédias.
Não seria excelente se criássemos um jornal particular de coisas boas, elevadas, sadias? Será que existem?
Dia desses fizemos uma experiência. Saímos em nosso carro,  levando justamente os aparelhos que mencionamos.
Depois de rodar por ruas e esquinas, fomos surpreendidos próximo a uma favela por um movimento diferente. Seria um protesto?
Logo, um homem enorme, de bermuda e camiseta, interrompeu o trânsito. Um grupo de moradores da superfavela pareceu vir em nossa direção. Seria um assalto?
Eram homens, mulheres e crianças com foices e tesouras. Atravessaram a rua carregando carrinhos pequenos e grandes cheios de mato.
Então, ligamos a câmara fotográfica da alma e o microfone do coração para registrar a cena. Eram os moradores da superfavela.
Trabalhadores. Mulheres faxineiras, domésticas e homens habituados ao trabalho braçal, de sol a sol. Era seu dia de folga. As crianças também não tinham aula naquele dia.
Porque o mato do lado da favela já estava a mais de um metro de altura, eles haviam resolvido limpar o terreno que bem poderia servir para os garotos chutarem bola nos finais de semana e feriados.
Os menores, andar de bicicleta e correr. Os bebês, tomarem sol no colo das suas mamães.
Dia de descanso. Dia de limpeza geral. Mutirão da ecologia. Lição de solidariedade. Trabalho conjunto para o bem de todos.
Quando a longa fila terminou de desfilar, o trânsito foi liberado e prosseguimos.
Dia seguinte passamos por uma escola. Hora de aula, mas três garotos, de uniforme, estavam no jardim. Um deles tinha uma mangueira e outros dois estavam com regadores.
Ligamos o microfone do coração e a filmadora da mente para não perder a cena.
As flores balançavam ao vento, agitando suas hastes, felizes pelas gotas d'água que as refrescavam do calor do dia.
Um caco de vidro resmungou: Por isso o Brasil não vai prá frente. Ao invés de estudar, eles ficam molhando plantinhas.
O canteiro, cheio de rosas coloridas, atraiu uma garotinha da primeira série que se aproximou e falou:
Eu gosto desta escola porque tem flores. João, eu posso ajudar?
Descemos do carro, recolhemos o caco de vidro e o jogamos em uma lata de lixo logo adiante. Voltamos para casa com belas fotos, interessantes histórias e imagens maravilhosas de cenas de amor à natureza e aos homens.
Quando cada qual se dispuser a realizar a parte que lhe toca, no concerto do mundo, sem se importar com o que o outro deve fazer, o mundo terá alcançado grande progresso.
As ruas se mostrarão limpas, as calçadas livres de entulhos, as casas bem pintadas, as escolas cheias de flores, os hospitais com belos jardins, para alegrar os que se encontram em recuperação de suas enfermidades.
"Quando todos nos empenharmos em fazer o melhor que pudermos, a nossa parte, por menor que seja, teremos atingido o mundo melhor que todos sonhamos".

Momento Espírita


segunda-feira, 11 de março de 2013

"A Inteireza da Vida"!

Ninguém vive pela metade. O espaço de vida de cada um é o que cada qual tem de inteiro.
Se dura vinte ou cinqüenta  anos, não faz diferença... O que conta é que uma vida é uma vida!
Não existe meio amor, meia felicidade, meia saudade...
Todo sentimento por si só é inteiro!
Ou a gente é feliz, ou não é... Ou ama, ou não ama... Ou quer, ou não quer...
Quando amamos, dúvida não existe... Se queremos realmente, não existe dúvida.
Se somos felizes... Cadê o espaço pra infelicidade, se a felicidade toma conta de tudo?!
Então, se você se sente nesse meio caminho, talvez seja o momento de parar e refletir um pouco na sua existência. A vida é inteira, mas não temos a vida inteira para decidirmos vivê-la intensamente. Temos o agora!
Há quem diga que pelo fato de ser jovem ainda tem tempo. Mas quem, além de Deus, sabe dizer a medida da vida de cada um? Perdemos preciosos minutos no nosso hoje com a idéia que amanhã as coisas acontecerão e que podemos esperar.
Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos, não vamos a lugar nenhum.
Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer viver e a razão que mede conseqüências. Medindo dificuldades, não fazemos nada... Se devemos medir alguma coisa, devem ser então as possibilidades. Aí sim estamos no caminho certo.
Para os pessimistas uma pedra é um estorvo... Para os otimistas é um pedacinho do alicerce da própria vida. O segredo está no olhar com que cada um vê as situações.
Só enfrentando os medos e o desconhecido é que conseguiremos viver de forma inteira essa vida que se oferece a nós em pedaços. Ninguém disse que não há riscos...
Mas não é melhor arriscar do que viver o restante dos nossos dias na infelicidade de se perguntar o que teria sido se tivéssemos tentado?
Quando fizer alguma coisa, faça com inteireza de coração...
Ame totalmente, ria totalmente, faça de tudo um todo. A vida é bela demais para ser deixada em suspenso. O amor é bom demais para que possamos vivê-lo em pequenas partes, sem que o tornemos real e possível.
Tente viver com a metade do seu coração e veja se consegue... Difícil ser feliz sem ser completo... Impossível ser completo parado num caminho de indecisões.
O coração talvez não seja o melhor conselheiro. Mas é o que nos mantém vivos e que está sempre junto, sempre ligado a nós...
Deixe, pelo menos uma vez, que ele fale mais alto!


 Letícia Thompson

domingo, 10 de março de 2013

Pare de esperar, porque seu amor nunca vai chegar!

É, essa afirmação parece mesmo o fim da esperança, quase um castigo, um mau agouro...
Mas não se trata disso! A intenção é fazer algumas pessoas perceberem o grave erro que cometem acreditando que devem passar a vida toda esperando por alguém que lhes traga a completude, a felicidade ou o preenchimento de um vazio, de uma solidão, de um buraco.
A única possibilidade de viver um grande amor, um amor de verdade, é cultivando essa qualidade de amor internamente. Não tem outra ordem, outro jeito, um atalho ou uma exceção. Todos nós só nos tornamos capazes de abrir portas para uma história de amor quando já vivenciamos dentro de nós exatamente esse sentimento.
O engano, portanto, nem é o de desejar encontrar alguém com quem se possa experimentar uma das trocas mais sublimes e enriquecedoras que podemos viver...
O engano está no fato de continuar apostando que é o outro quem traz os ingredientes necessários. Como se você fosse a forma e o outro fosse a massa do bolo. Não!
A forma nasce por si só, do encontro entre uma combinação mágica de dois seres diferentes e complementares. Mas cada qual precisa contribuir com sua parte, com suas qualidades, escolhas, atitudes e sentimentos. Como ímã que atrai metal... Não atrai papel, nem plástico. Atrai metal.
Assim é com quem quer viver um relacionamento que valha a pena.
Porém, o que mais vejo acontecendo são pessoas carentes querendo encontrar pessoas seguras. Pessoas cheias de defesas querendo encontrar pessoas que se entregam. Pessoas ciumentas e inseguras querendo encontrar pessoas com autoestima interessante. Pessoas arrogantes e orgulhosas querendo encontrar pessoas maduras e equilibradas.
Ou ainda, pessoas que caem na armadilha dos opostos sem se darem conta de que se trata de um ciclo vicioso e destrutivo...
O bonzinho que atrai o egoísta... O submisso que atrai o dominador... A vítima que atrai o algoz...O tímido que atrai o popular. E por aí vai... Um desastre atrás do outro, minando a crença de que o amor pode dar certo.
Nada a ver! Desacreditar do amor é só mais um dentre tantos equívocos. A questão é: pare de esperar pelo outro! Pare de achar que é o outro quem vai solucionar sua falta. Pare de apostar que um dia, como num conto de fadas, o príncipe ou a princesa irá surgir para lhe tirar dessa vidinha chata e sem graça! É você quem tem de exercitar todos esses papéis.
Transite pelo lugar da gata borralheira, da cinderela, da bruxa, da fada, do príncipe, do sapo, do lobo-mau e de todas as tantas personas que fazem parte de uma história, de uma vida. Experimente, aprenda, cresça e descubra suas medidas, seus tons, seus limites e desejos. Aprenda a se conhecer e a reconhecer quem é você realmente e o que está pronto para viver!
O outro não vem... Ele é atraído! O outro não a descobre... Ele se identifica com quem você é! O outro não a salva,,, Ele entra no seu barco ou não, dependendo do destino que você escolheu seguir.
É você quem decide! Não pelo outro, não por quem ele é, não pelo tempo em que ele vai chegar, não pelo tempo que você sonha com ele, nem pelos anos que você o amou.
Você decide por si! Por quem você é, para onde você vai, pelo seu tempo e o que você faz com ele.
O amor já está aí, assim como todos os outros sentimentos possíveis. Agora, resta saber: o que você tem exercitado? Com que persona você tem encarado o mundo?
Respondendo a essas perguntas, é bem provável que você comece a compreender por que tem atraído essas pessoas, esses relacionamentos e essas histórias para viver.
De uma coisa estou certa: quanto mais autêntico, quanto mais coerente com o que sente, quanto mais perto de sua essência você estiver, mais satisfatória será a sua vida, com ou sem uma história de amor em andamento. Simplesmente no seu caminho, no seu tempo, com a sua verdade!
E, sobretudo, com o amor que sempre foi, é e sempre será seu!


Rosana Braga

sábado, 9 de março de 2013

“Sobre a coragem de mudar”

Em tempos passados o normal era que um jovem escolhesse uma carreira e permanecesse nela até morrer, ainda que ela não lhe desse felicidade, tal como acontecia também com os casamentos. Para sempre, até que a morte os separe. Uma coisa boa dos tempos em que vivemos, a despeito de todas as suas confusões, é que as pessoas descobriram que é possível mudar a direção do vôo. Nada as obriga a voar sempre na mesma direção até o fim. Eu mudei minhas direções várias vezes e não me arrependo. Meu amigo Jether era um próspero dentista na cidade do Rio de Janeiro. Estava ficando rico. Riqueza dá segurança. Segurança dá tranqüilidade à família. Mas enquanto ele olhava para o mundo delimitado pelos dentes dos seus clientes, a sua alma voava por outros mundos! E foi assim que, num belo dia, ele resolveu voar. Chegou em casa e comunicou à esposa Lucília: “Meu bem, vou vender o consultório”. E assim, com mais de quarenta anos, voltou para a estaca zero e foi se preparar para o vestibular… E ele seguiu um caminho feliz! Está com 82 anos, tem cara de 60, disposição de 40 e leveza de criança! Cada profissão delimita um mundo: há o mundo dos advogados, dos dentistas, dos engenheiros, dos professores, dos médicos, dos músicos, dos artistas, dos palhaços, do teatro. O jovem estudante do filme "Sociedade dos Poetas Mortos" sonhava em ser artista de teatro. Mas seu pai havia mirado seu arco para a medicina… Dezoito ou dezenove anos é muito cedo para definir o que se vai fazer pelo resto da vida. Esse é um tempo de procuras, indefinições, sonhos confusos. É normal que, ao meio do curso universitário, o jovem descubra que tomou o trem errado e se disponha a saltar na próxima estação. É angústia para os pais. Claro, porque o que eles mais desejam é ver o filho formado, empregado, ganhando dinheiro. Isso lhes daria liberdade para viver e permissão para morrer… Mas não seria terrível para ele – ou ela – se, só para não “perder tempo”, “só para não voltar ao início”, continuasse até o fim? Se não quero ir para as montanhas, se quero ir para a praia, por que continuar a dirigir o carro pela estrada que vai para as montanhas? Pais, não fiquem angustiados. Sua angústia é inútil. E nem fiquem com a ilusão de que o diploma dará emprego ao filho. Não dará. Assim é melhor ir devagar seguindo a direção que o coração manda. O difícil, para os pais, será se o filho, no último ano de direito, lhes comunique: “Descobri que não gosto de Direito. Vou estudar para ser palhaço!” Aí posso imaginar o embaraço do pai e da mãe quando, em meio a uma reunião social, quando se fala sobre os filhos, alguém lhes dirija a palavra e diga: “Meu filho está no Itamarati. Vai ser diplomata. E o seu?” Resposta: “O nosso está no circo. Vai ser palhaço…” Cá entre nós: não sei qual profissão dá mais felicidade, se a de diplomata ou se a de palhaço…

Rubem Alves

"O Amor como meio não como fim"...



É hora de substituir o ideal romântico do amor que basta em si mesmo (por isso não dura) por uma relação que traga crescimento individual.
Há algo de errado na forma como temos vivido nossas relações amorosas. Isso é fácil de ser constatado, pois temos sofrido muito por amor. Se o que anda bem tem que nos fazer felizes, o sofrimento só pode significar que estamos numa rota equivocada. Desde crianças, aprendemos que o amor não deve ser objeto de reflexão e de entendimento racional; que deve ser apenas vivenciado, como uma mágica fascinante que nos faz sentir completos e aconchegados quando estamos ao lado daquela pessoa que se tornou única e especial. Aprendemos que a mágica do amor não pode ser perturbada pela razão, que devemos evitar esse tipo de contaminação para podermos usufruir integralmente as delícias dessa emoção – só que não tem dado certo. Vamos tentar, então, o caminho inverso: vamos pensar sobre o tema com sinceridade e coragem. Conclusões novas, quem sabe, nos tragam melhores resultados.
Vamos nos deter em apenas uma das idéias que governam nossa visão do amor. Imaginamos sempre que um bom vínculo afetivo significa o fim de todos os nossos problemas. Nosso ideal romântico é assim: duas pessoas se encontram, se encantam uma com a outra, compõem um forte elo, de grande dependência, sentem-se preenchidas e completas e sonham em largar tudo o que fazem para se refugiar em algum oásis e viver inteiramente uma para a outra usufruindo o aconchego de ter achado sua metade da laranja. Nada parece lhes faltar. Tudo o que antes valorizavam – dinheiro, aparência física, trabalho, posição social etc. – parece não ter mais a menor importância. Tudo o que não diz respeito ao amor se transforma em banalidade, algo supérfluo que agora pode ser descartado sem o menor problema.
Sabemos que quem quis levar essas fantasias para a vida prática se deu mal. Com o passar do tempo, percebe-se que uma vida reclusa, sem novos estímulos, somente voltada para a relação amorosa, muito depressa se torna tediosa e desinteressante. Podemos sonhar com o paraíso perdido ou com a volta ao útero, mas não podemos fugir ao fato de que estamos habituados a viver com certos riscos, certos desafios. Sabemos que eles nos deixam em alerta e intrigados; que nos fazem muito bem.
De certa forma, a realização do ideal romântico corresponde à negação da vida. Visto por esse ângulo, o amor é a antivida, pois em nome dele abandonamos tudo aquilo que até então era a nossa vida. No primeiro momento até podemos achar que estamos fazendo uma boa troca, mas rapidamente nos aborrecemos com o vazio deixado por essa renúncia à vida. A partir daí, começa a irritação com o ser amado, agora entendido como o causador do tédio, como uma pessoa pouco criativa e desinteressante. O resultado todos conhecemos: o casal rompe e cada um volta à sua vida anterior, levando consigo a impressão de ter falido em seus ideais de vida.
Os doentes acham que a saúde é tudo. Os pobres imaginam que o dinheiro lhes traria toda a felicidade sonhada. Os carentes – isto é, todos nós – acham que o amor é a mágica que dá significado à vida. O que nos falta aparece sempre idealizado, como o elixir da longa vida e da eterna felicidade.
Diariamente, porém, a realidade nos mostra que as coisas não são assim, e acho importante aprendermos com ela. Nossas concepções têm de se basear em fatos, nossos projetos têm que estar de acordo com aquilo que costuma dar certo no mundo real. Fantasias e sonhos, ao contrário, têm origem em processos psíquicos ligados à lembranças e frustrações do passado. É importante percebermos que o que poderia ser uma ótima solução aos seis meses de idade, como voltar ao útero materno, será ineficaz e intolerável aos 30 anos. A bicicleta que eu não tive aos 7 anos, por exemplo, não irá resolver nenhum dos meus problemas atuais. É preciso parar de sonhar com soluções que já não nos satisfazem a adaptar nossos sonhos à realidade da condição de vida adulta.
Se é verdade, então, que o amor nos enche de alegria, vitalidade e coragem – e isso ninguém contesta –, por que não direcionar essa nova energia para ativar ainda mais os projetos nos quais estamos empenhados? Quando amamos e nos sentimos amados por alguém que admiramos e valorizamos, nossa auto-estima cresce, nos sentimos dignos e fortes. Tornamo-nos ousados e capazes de tentar coisas novas, tanto em relação ao mundo exterior como na compreensão da nossa subjetividade. Em vez de ser um fim em si mesmo, o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento individual, nos curando das frustrações do passado e nos impulsionando para o futuro. Casais que conseguem vivê-lo dessa maneira crescem e evoluem, e sob essa condição seu amor se renova e se revitaliza.

Flávio Gikovate

sexta-feira, 8 de março de 2013

"Um Universo de Mulheres"!



Existe um Universo de Mulheres!
Mulheres que curam com a força do seu amor...
Mulheres que aliviam dores com a sua compaixão...
Mulheres que se consagram por seus feitos...
Mulheres que cantam o que a gente sente...
Mulheres que escrevem o que a gente sente...
Mulheres glamourosas... Mulheres maravilhosas...
Mulheres que nos fazem rir...Mulheres batalhadoras...
Mulheres talentosas...Mulheres sonhadoras.
O Mundo também é feito por outros tipos de mulheres...
Aquelas que não são conhecidas ou famosas...
Mulheres que deixam para trás tudo o que têm...
Em busca de uma vida nova...
Mulheres que todos os dias...
Encontram-se diante de um novo começo...
Mullheres que acreditam... Mulheres que conquistam...
Mulheres que se doam...
Mulheres que amam eternamente...
Mulheres que carregam no presente...
As sombras daquele amor do passado...
Mulheres que se submetem a duras regras...
Mulheres que se perguntam qual será o seu destino...
Mulheres que sofrem diante de perdas inexplicáveis...
Mulheres que sofrem diante das injustiças...
Mulheres que lutam, defendem, consolam, abrigam...
Mães amorosas... Avós carinhosas...
Mulheres que têm estampado na face... Cada dia de suas vidas..
TODAS!... Mulheres Especiais...
Mulheres Anjos...
Tão bonitas quanto qualquer Estrela...
Que labutam diariamente para fazer do Mundo...
Um lugar melhor para se viver.
GotinhaMRL