Somos Anjos e Mestres!
Todos nós sabemos alguma coisa que alguém, em algum lugar, precisa aprender e, por vezes, nós mesmos recordarmos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"A melhor versão de nós mesmos"!

                                                                                                                                                   
Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto.
 Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores. Mas não são.
E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?
A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente.
A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior. Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida? Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos? Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas? Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela? Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas? Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”? Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes.
Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames. O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos.
Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.
                                                                
Martha Medeiros

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"Sózinhos Conscientemente"!!!


Já disse  o imortal Tom Jobim numa das músicas mais conhecidas e cantadas da Bossa Nova...
 “Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho.” 
Eu até concordaria com o pensamento se não houvesse uma única palavra nele que me chamasse atenção para um detalhe maior...Por que é impossível ser feliz sozinho?
Hoje em dia se fala muito sobre relacionamentos e sobre as variações deles... Amor, sexo e paixões. Parece até, que vivemos presos a um ciclo que se resume a nascer, estudar, trabalhar para poder ter recursos a fim de conseguir um casamento, constituir família e viver feliz para sempre!  Assim, roda o ciclo de uma visão mais tradicional e um tanto antiquada, sobre a necessidade de relacionamentos estáveis na vida de alguém.
É possível sim... Ser feliz sozinho!!!
Quando somos magoados, ou magoamos as pessoas que amamos durante a nossa vida, nosso coração acaba adquirindo cicatrizes, nos sentimos cansados e desiludidos. Derrepente, numa certa altura da vida, passamos a lutar para que essas cicatrizes não se abram mais, optamos então por vivermos sozinhos, o que não significa vivermos enclausurados e tristes, muito pelo contrário, aprendemos a conquistar novos amigos, a sermos mais independentes, mais donos de nossas próprias escolhas.
A visão arcaica da necessidade de uma vida a dois para obtermos sucesso ainda se apresenta muito forte. A tendência  no futuro, é que muitas pessoas se tornarão sozinhas e bem sucedidas. A dedicação e o objetivo da vida de muitas delas, vai ser a carreira, o lazer, a cultura e todas as coisas que puderem aproveitar. É lógico que isso não exclui a possibilidade de relacionamentos, mas esse não vai ser mais o tal do “objetivo de vida” de alguém.
Muita gente convive melhor com a “solidão” do que com outra pessoa. Solidão não é um problema, não é uma falta, muito menos uma causa patológica. A solidão é opcional e ressalta outras prioridades que surgem para milhares de pessoas que estão felizes e gostam de levar a vida desse jeito.
Dedicamos a maior parte de nossas vidas à nossas famílias. Nossos filhos cresceram, constituíram suas próprias famílias, tem seus filhos, suas profissões, enfim, agora é a nossa vez de optarmos pela forma que queremos viver a nossa vida.
Quando chegamos a certa idade, com nossa maturidade e experiência, olhamos para trás e analisamos os dissabores enfrentados na vida, aprendemos então, que o melhor para continuarmos nosso caminho, é estarmos sozinhos conscientemente. Aprendemos que, mais do que nunca, a felicidade possa ser a única companhia necessária a alguém que optou exclusivamente por não viver a vida a dois. 

GotinhaMRL
 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

"Existe um Gênio dentro de cada um de nós"!

A nova ciência sugere que a fonte de habilidades muito mais interessante e improvisada do que inata. Frases como “atleta nato” e “inteligência natural”, que há tempos haviam concluído que o talento é uma coisa genética que nasce com a pessoa, estão por fora.

 Acontece que tudo o que somos é um processo de desenvolvimento, e isso inclui o que nós recebemos de nossos genes. Um século atrás, os geneticistas viam os genes como “fixos”, sempre proferindo as mesmas linhas exatamente da mesma maneira.
Nos últimos anos, porém, os cientistas acrescentaram uma atualização no seu entendimento da hereditariedade.
Agora, os pesquisadores sabem que os genes interagem com o meio ao seu redor, se “ligando e desligando” o tempo todo. Os mesmos genes têm efeitos diferentes dependendo até de com quem eles estão falando.
Não há gene que funcione independente dos fatores ambientais, e vice versa. Um traço de personalidade só surge da interação entre genes e ambiente. Isso significa que tudo sobre nós, nossa personalidade, nossa inteligência, nossa capacidade, é na verdade determinado pela vida que levamos.
Cada animal começa a sua vida com a capacidade de se desenvolver em uma série de maneiras distintas. O que você vai desenvolver se dá e é selecionado pelo ambiente no qual está crescendo.
Mas os genes certamente importam. Somos todos diferentes e temos potenciais diferentes. Por exemplo, não há qualquer possibilidade de alguém ser o Cristiano Ronaldo. Apenas o Cristiano Ronaldo criança tem a chance de ser o Cristiano Ronaldo que conhecemos hoje. Mas também temos que entender que ele poderia ter virado uma pessoa muito diferente, com diferentes habilidades. Sua magnificência no futebol não foi esculpida em pedra genética.
A noção de um QI fixo é outra que está mudando. Pesquisadores de talento e cientistas concordam que a inteligência representa um conjunto de competências em desenvolvimento.
 Grandes acadêmicos não nascem mais inteligentes do que os outros, mas se esforçam mais e desenvolvem mais auto-disciplina. Além disso, os escores de QI têm aumentado ao longo do século, o que pode ser devido ao aumento da sofisticação cultural. Em outras palavras, todos nós temos ficado mais espertos porque nossa cultura nos aguçou.
Ainda mais profundamente, pesquisadores concluíram que os alunos que entendem que a inteligência é maleável ao invés de fixa são muito mais intelectualmente ambiciosos e bem sucedidos.
O mesmo se aplica ao talento. Isso explica por que os melhores corredores, nadadores, ciclistas, jogadores de xadrez e violinistas de hoje são muito mais hábeis do que em gerações anteriores. Todas essas habilidades são dependentes de um processo lento e gradual que várias micro-culturas descobriram como melhorar.
Até recentemente, a natureza dessa melhora era meramente intuitiva. Mas nos últimos anos, todo um novo campo de “estudos de especialização” tem entendido cada vez melhor como as diferentes atitudes, estilos e tipos de ensino e prática de exercício levam as pessoas ao longo de caminhos muito diferentes.

Seria uma loucura sugerir que qualquer pessoa pode literalmente fazer ou ser qualquer coisa. Mas a nova ciência diz que é igualmente tolo pensar que a maioria de nós está condenada a mediocridade.
Nossas habilidades não são definidas pela genética. Elas são moldáveis. Com humildade, esperança e determinação, a grandeza é algo que qualquer pessoa pode aspirar.

Hypescience

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Desistir...Uma Questão de Atitude!!!!!


Existe um momento na vida de cada pessoa que o "e se?" chega e tormenta a mente.

 E se eu não fiz a boa escolha? E se o caminho era outro? E se depois de todo esse tempo eu tivesse que voltar atrás? E se meus sonhos tomassem outra direção, outras formas e me conduzisse a outros lugares?

E se eu parasse tudo o que fosse possível e recomeçasse? 

Temos em nós o sentimento de que quando desistimos de um caminho tomado é como se tivéssemos que reconhecer abertamente nosso erro, nossa má decisão, nossa fraqueza como ser humano que não soube ter o dicernimento de fazer as escolhas certas na hora certa.
E o que dói mais não é o querer recomeçar, pois se muitos pudessem ou tivessem coragem bastante, recomeçariam sem hesitação. O que dói é o sentimento de ter perdido uma batalha pela qual tínhamos nos empenhado, é a sensação do desistir que nos dá o sentimento de fraqueza, sobretudo quando ouvimos tanto e tanto que nunca devemos desistir.
Mas devemos desistir sim, se a situação pede ou mesmo exige de nós uma atitude. Continuar num caminho que sabemos íngreme só para dar aos outros a idéia de que somos infalíveis é criar em volta de nós uma imagem hipócrita, pois mostramos ao mundo o que ele quer ver e sepultamos nossos sentimentos.
E ninguém vê quando choramos escondido, ninguém conhece a dor e o sentimento de escuridão que atravessa nosso espírito nos momentos em que nos encontramos com nós mesmos, ninguém sabe por nós o que é morrer devagarinho dentro de si porque depois de alguns passos nos agarramos ao feito e consideramos as nuvens como absolutamente inacessíveis. Ninguém sabe por nós, não...
Há sonhos que estão longíquos demais e outros bem mais ao alcance das nossas mãos. Não faz parte da sabedoria abraçar o que está próximo e tirar o néctar das flores que nos oferecem da maneira mais sútil possível?
Se não pudéssemos mudar de idéia, de opinião, de caminho, por que haveria de existir o livre arbítrio!  Se existe, é para que saibamos que podemos desistir de idéias pré-concebidas, de decisões anteriormente tomadas como boas, de caminhos que só nos conduzirão à perda do nosso eu e à diminuição da nossa personalidade.
Desistir de algo que se almejou e se lutou para ter não é dar um passo atrás.
Se não estamos satisfeitos, o melhor é avançar e se isso significa dar um passo atrás, devemos dar esse passo sim!
Só podemos fazer os outros felizes se nos sentirmos felizes. Ninguém fala da beleza da lua e das flores se essa beleza não tiver atingido seu coração, se não estiver impregnada na sua alma.
Quem canta, canta porque a alma canta e canta até sem perceber. Dar felicidade é possuir felicidade, dar conhecimento é possuir conhecimento, dar segurança é possuir segurança.
O legado que devemos deixar aos nossos filhos não é o de uma pessoa infalível e perfeita, mas de uma pessoa que soube extrair do âmago da vida e dos seus ensinamentos aquilo que esta lhe ofereceu.

 GotinhaMRL

domingo, 20 de janeiro de 2013

Mulher sozinha, virtude ou problema?

                            
Ser sózinho no século XXI é mais uma opção pessoal do que a falta da mesma.
Muitas mulheres atualmente fazem esse tipo de escolha. Principalmente, quando descobrem que não precisam trocar de mantenedor ou protetor após saírem da casa dos pais ou se divorciarem ou mesmo quando ficam viúvas.
A mulher de hoje, muito mais facilmente percebe que pode estar no comando de sua própria vida.
O estar só, dentro deste contexto, pode significar um momento de entressafra onde a mulher, por opção, pode decidir se quer ou não ter um parceiro.
A diferença brutal de antigamente para os dias atuais é que a mulher bem resolvida sabe que não necessita de um homem a tiracolo para ter um lugar no mundo. 
Ela mesma pode e faz o seu lugar, bem como seu status social. O mundo, agora, principalmente nas grandes metrópoles, não mais instiga, como antes, que a mulher seja submissa ou que tenha que depender de um homem para sustentá-la.
O fato de a mulher estar sozinha não implica numa circunstância de tempo de duração, mas, sim, no aspecto emocional e condicionamentos culturais. Note que isso não é uma apologia sobre os benefícios de se estar só. Tanto a mulher, como o homem, quando inteiros, podem escolher ter um companheiro de jornada autêntico, que não esteja embolado em meio a uma linha cruzada de projeções recíprocas embasadas nas necessidades pessoais de cada um.
Por outro lado, num processo de solidão involuntária, existe a oportunidade para que o sexo feminino dinamize o seu lugar no mundo, incluindo pesquisa acurada sobre si mesmo. Imagine-se num relacionamento de anos, algo abrupto ocorrendo onde repentina e inexoravelmente você se encontra só. O que fazer nessas ocasiões?
- O primeiro passo seria observar o quanto de si mesmo estava no parceiro e aos poucos ir resgatando pedaços cedidos. Simultaneamente, parar para refletir sobre o quanto vivia em função da relação. Por fim, buscar conhecer sua própria identidade que, na certa, independe de qualquer relacionamento. Essa jornada interior requer cuidado especial e amorosidade consigo mesmo, nunca pena.
Pesquisar gostos pessoais pode ser o prenúncio de um bom começo.
A solidão involuntária, seja por qual motivo tiver acontecido, é excelente momento para que um desenvolvimento interior mais profundo aconteça. Pode até ser um ponto de partida em que novas habilidades surjam e um preparo, dependendo da situação de vida, para que a mulher reveja o que deseja conquistar num próximo relacionamento.
Muitas vezes um processo terapêutico é bastante indicado no sentido de abrir amplo espaço para que o autoconhecimento se instale em meio a dinamismo e clareza. E em determinados casos, para que uma depressão maior não se instale. Não devemos desprezar as mudanças de vida. Se a pessoa tem uma identidade construída no outro, ficar só repentinamente pode ser desastroso. Equilibrar-se novamente requer tempo, necessidade de apoio e ajuda de amigos.Lembrando novamente que bom processo terapêutico também é bem vindo.
Uma das premissas para checar se a solidão passou dos níveis de suportabilidade é verificar como estão os contatos com amigos e outros. Se estes estiverem reduzidos demais, o alerta se faz importante. Quando se perde a motivação para sair, encontrar com pessoas ou atividades de interesse pessoal, também.
Além disso, ficar atenta o nível de alegria. Às vezes a pessoa pode estar deprimida, sem se dar conta. Não é porque não se encontra jogada numa cama, sem ânimo, que não se encontra em estado depressivo. A vida acontece em ambientes relacionais e sempre crescemos por intermédio das nossas relações. Momentos de solidão e de encontro consigo mesmo são extremamente importantes para que nós possamos dar significados a nós mesmos; quando em excesso, porém, esses mesmos significados, correm o risco de se perderem.
Tanto a solidão voluntária, como a involuntária pode ser um forte disparador de questionamentos a ponto de levar a mulher a se conhecer de modo diferenciado. As que pegam carona nesses questionamentos têm a oportunidade de construir fortalecimento inquebrantável. A questão é saber como trabalhar com o novo e saber tirar proveito.
Nós, mulheres, somos provedoras, não ao contrário, como nos foi ensinado. Isso me faz lembrar o livro de Rianne Eisler quando conta sobre nossa história e relata como nossas forças arquetípicas foram invertidas e que, agora, novamente estamos clamando e conquistando de volta nossos lugares primordiais.
Quem souber "pegar essa onda" e incorporar de volta o que já é nosso, pode se beneficiar tremendamente num caminho de capacitação e segurança de si mesmo, sem retrocessos. Como exemplo disso, em seu livro, Rianne revela que a mulher primitiva era muito reverenciada em todos os seus tempos de vida. Quando menstruava, freqüentemente, deixava escoar seu sangue na terra, para que a sua força pudesse arar dando boa colheita. Quando engravidava, a mesma força do seu sangue servia na crença popular, para alimentar o nenê que estava sendo gerado... E, finalmente, quando entrava na menopausa, seu sangue e poder permaneciam definitivamente com ela tornando-a, por conseqüência, a velha sábia a quem todos reverenciavam pedindo conselhos.

Cabe a nós, mulheres do século XXI, resgatarmos nossas raízes. Sozinha ou não, você está pronta? Habilite-se e procure o que for necessário para entrar em contato com a sua força matriz. Só não fique parada, busque, ouse e conquiste-se.

Silvia Malamud

"É dando que se recebe"?

Há duas economias: a dos bens materiais e a dos bens espirituais. Elas seguem lógicas diferentes.
Na economia dos bens materiais, quanto mais você dá bens, roupas, casas, terras e dinheiro, menos você tem.
Se alguém dá sem prudência e esbanja acaba na pobreza.
Na economia dos bens espirituais, ao contrario, quanto mais dá, mais recebe, quanto mais entrega, mais tem. Quer dizer, quanto mais dá amor, dedicação e acolhida (bens espirituais) mais ganha como pessoa e mais sobe no conceito dos outros.  Os bens espirituais são como o amor: ao se dividirem, se multiplicam. Ou como o fogo: ao se espalharem, aumentam.
 Compreendemos este paradoxo se atentarmos para a estrutura de base do ser humano. Ele é um ser de relações ilimitadas. Quanto mais se relaciona, vale dizer, sai de si em direção do outro, do diferente, da natureza e até de Deus, quer dizer, quanto mais dá acolhida e amor mais se enriquece, mais se orna de valores, mais cresce e irradia como pessoa.
Portanto, é “dando que se recebe”. Muitas vezes se recebe muito mais do que se dá. Não é esta a experiência atestada por tantos e tantas que dão tempo, dedicação e bens na ajuda aos flagelados das hecatombes socioambiental ocorridas nas cidades do mundo inteiro, quando centenas morrem e milhares ficam desabrigados? Este “dar” desinteressado produz um efeito espiritual espantoso que é sentir-se mais humanizado e enriquecido. Torna-se gente de bem, tão necessária hoje.
Quando alguém de posses, dá de seus bens materiais dentro da lógica da economia dos bens espirituais para apoiar aos que tudo perderam e ajudá-los a refazer a vida e a casa, experimenta a satisfação interior de estar junto de quem precisa e pode testemunhar o que São Paulo dizia:”maior felicidade é dar que receber”(At 20,35). Esse que não é pobre, se sente espiritualmente rico.
Vigora, portanto, uma circulação entre o dar e o receber, uma verdadeira reciprocidade. Ela representa, num sentido maior, a própria lógica do universo como não se cansam de enfatizar biólogos e astrofísicos. Tudo, galáxias, estrelas, planetas, seres inorgânicos e orgânicos, até as partículas elementares, tudo se estrutura numa rede intrincadíssima de inter-retro-relações de todos com todos. Todos co-existem, inter-existem, se ajudam mutuamente, dão e recebem reciprocamente o que precisam para existir e co-evoluir dentro de um sutil equilíbrio dinâmico.
Nosso drama é que não aprendemos nada da natureza. Tiramos tudo da Terra e não lhe devolvemos nada nem tempo para descansar e se regenerar. Só recebemos e nada damos. Esta falta de reciprocidade levou a Terra ao desequilíbrio atual.
Portanto, urge incorporar, de forma vigorosa, a economia dos bens espirituais à economia dos bens materiais. Só assim restabeleceremos a reciprocidade do dar e do receber. Haveria menos opulência nas mãos de poucos e os muitos pobres sairiam da carência e poderiam sentar-se à mesa comendo e bebendo do fruto de seu trabalho. Tem mais sentido partilhar do que acumular, reforçar o bem viver de todos do que buscar avaramente o bem particular. Que levamos da Terra? Apenas bens do capital espiritual. O capital material fica para trás.
O importante mesmo é dar, dar e mais uma vez dar. Só assim se recebe. E se comprova a verdade franciscana segundo a qual ”é dando que recebe” ininterruptamente amor, reconhecimento e perdão. Fora disso, tudo é negócio e feira de vaidades.

Leonardo Boff 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

"Filhos são do Mundo"!

Devemos criar os filhos para o mundo.
Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens.
A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso.
O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.
É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver ".


José Saramago

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

"A Pessoa Errada"!


Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada...
Por que a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas. Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor.
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.
A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo.
Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Nossa missão... Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.


                                                                
Luis Fernando Veríssimo

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

"Ciência e Corrupção"!!!

   
   Revista Science publica carta de professor brasileiro sobre...          
 "Ciência e Corrupção"


"Se você tivesse sido eleito para o mais alto cargo de sua nação, como usaria a ciência para resolver o maior desafio de seu país?" Respondendo a essa pergunta, o professor Guilherme Santos, da Farmacologia Molecular da UnB, publicou uma carta na edição de 4 de janeiro da Science, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo. A publicação promoveu um concurso sobre o tema e recebeu aproximadamente 200 respostas de cientistas de todo o mundo, das quais 14 foram selecionadas. O artigo de Guilherme aponta a preocupação com a corrupção e a formação científica desde o ensino básico como fator essencial para solucionar o problema. "Indiretamente, a corrupção mata mais do que o câncer ou a aids. Se esses bilhões de reais fossem investidos em saúde, educação ou ciência, certamente o progresso deste país seria mais rápido do que se imagina. Educação científica de base para os nossos jovens, que serão os futuros políticos, seria a principal estratégia para uma ação de longo prazo", diz a carta. Leia a íntegra em http://scim.ag/NextGen5Results
De acordo com Guilherme, essa educação poderia ser feita por meio da aproximação de alunos do ensino fundamental e médio, a partir dos 12 anos, com laboratórios universitários e estudantes de pós-graduação. "Em princípio poderia haver ajuda do governo para que os pós-graduandos pudessem, junto com os professores, dar aulas semanais para alunos das escolas, trazê-los para nossos laboratórios e complementar a formação com experimentos", explica.

Essas ideias tomaram forma a partir de sua experiência como pesquisador visitante da Universidade da Califórnia (EUA), em 2005. "Lá, voluntariamente doutorandos iam para escolas de áreas mais carentes e davam palestras sobre ciência. Aqui no Brasil formamos 10 mil doutorandos por ano. Imagine se eles tivessem acesso direto às escolas por meio de projetos de extensão".
Guilherme acredita que esse contato poderia mudar a compreensão da importância da ciência em todo país. "O Brasil é excelente produtor em diversas áreas, mas não compete em ciência porque a massa crítica é muito pequena. Precisamos fomentar discussões desde cedo, fazendo as crianças se perguntarem: "O que é o bóson de Higgs?". Ou: "Por que vemos a lua?", exemplifica.
A expectativa do pesquisador e de outros colegas da UnB é que o governo se sensibilize para financiar e organizar este tipo de ação. "Não dá para medir impacto ainda, mas a gente espera que a (presidenta) Dilma Rousseff ouça e esse se torne um projetinho nas escolas", brinca Guilherme. "Em termos de repercussão, as três maiores revistas do mundo são a Science, a Nation e o New England Journal. A gente comemorou quando a carta dele foi aprovada. É um fato realmente importante", completa o diretor do Laboratório de Farmacologia Molecular da UnB, Francisco Neves.
Guilherme Santos é graduado em Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia, mestre e doutor em Patologia Molecular pela UnB. 
Fez doutorado sanduíche com passagem na Universidade de Cergy-Pontoise e Inserm-Paris. Realizou pós-doutorado no Medical Medical Research Council-Laboratory of Molecular Biology (MRC-LMB), Cambridge, e na Universidade de Leicester, Inglaterra. Atua principalmente em estudos de interação proteina-DNA, receptores nucleares e cromatina. É professor da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB.


Ecologia Humana

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

"Há coisas que nunca morrem"!




Há coisas que nunca morrem!
Coisas existem, que sobrevivem em nós.
Como os lugares onde passei a juventude. Que, degradados pelo correr dos anos, em minha memória permanecem como eram; com todos os detalhes que impressos ficaram em mim.

Como o eco dos risos e das lágrimas, que ainda hoje persistem em meu coração; como se pudessem escapar à marcha do tempo, protegidos pelo ancoradouro seguro da saudade.
Como se cada momento vivido se cristalizasse no universo, qual vívida imagem que a qualquer instante acessamos, pelos infinitos caminhos do nosso verdadeiro Eu. Pois a verdade é que em mim continuam as lembranças de cada momento em que fui tocado pelo sopro da Vida: cada beijo de amor, cada ilusão que acalentei, cada desengano que sofri.
Hoje, percorro as ruas por onde andei; e já não encontro a paisagem daqueles tempos, nem os amigos que comigo estiveram. Nem os sonhos que dividimos, na inconsequência da mocidade. Entretanto, se os meus olhos precisam enxergar o novo quadro, é para o velho cenário que se volta a visão da minha alma; e os sons de ontem se sobrepõem aos ruídos do hoje.
E certo estou de que o mesmo ocorre a cada um de vós. Pois nenhum ser humano existe que não traga consigo as lembranças do passado, embora os seus pés caminhem no presente e a sua esperança viva no futuro.
Já não recordo o conforto do seio materno, nem a emoção dos primeiros passos, nem a alegria do primeiro sorriso; tão longe não alcança o barco das lembranças.
E, entretanto, é o mesmo conforto que buscamos em cada seio; a mesma emoção que procuramos em cada novo passo, e a mesma alegria que desejamos ter em cada sorriso. É preciso que o primeiro beijo se repita em cada beijo; que a mesma ânsia una sempre os corpos entrelaçados e a mesma ternura se faça presente, cada vez que se encontrem as mãos.
Ou o vosso amor se perderá nas brumas do tempo, como antes dele tantos outros sonhos já se foram. E viverá apenas nas vossas lembranças, como hoje acontece às emoções do passado.
Então, chorareis todas as vossas lágrimas; que serão tão mais amargas, quanto mais doces forem as recordações da felicidade. E, embora às vezes vos pareça a morte em vida, a saudade vos ajudará a viver.
Até que em vós o amor possa renascer. 


Arabe
                                                 
                                                
                                                                                                                                                           

domingo, 13 de janeiro de 2013

"Vocês Terminaram"...




Já avisa o velho ditado que "o que os olhos não veem, o coração não sente". Assim, podemos concluir que o que os olhos veem, o coração sente! Por isso, quando um casal coloca um ponto final num relacionamento, mas as circunstâncias da vida exigem que continue se vendo, o processo de finalização pode ficar bem mais difícil. Mas, claro, é preciso considerar os detalhes! Se os dois estiverem bem resolvidos e tranquilos com a decisão de não mais continuarem juntos, o alcance dos olhos pouca influência terá sobre o ritmo do coração. A dificuldade, portanto, só será significativa para aquele cujo fim não foi uma opção, e sim a falta dela. Geralmente, essa situação tem a ver com o fato de trabalharem juntos ou frequentarem os mesmos lugares ou ainda terem os mesmos amigos. Como esquecer uma pessoa, se a rotina insiste em fazer você se lembrar? Creio que situações controversas como essas exigem uma dose extra de lucidez e racionalidade. Se você está vivendo uma batalha entre razão e emoção, saiba que vence quem for mais alimentada. De nada vai adiantar ficar reforçando lembranças, nutrindo esperanças vazias ou insistindo em estratégias incoerentes com a realidade. É preciso usar a cabeça e agir ao seu próprio favor! Já falou o que sente? Já esgotou todas as possibilidades dignas e sensatas? Já foi sincero consigo mesmo? Nada adiantou para que o outro mudasse de ideia ou te desse mais uma chance? Então é hora de "pegar o seu banquinho e sair de mansinho", lembrando que essa atitude tem a ver com autoestima, noção de merecimento e capacidade de dar tempo ao tempo. O quanto puder e for possível, evite os encontros, os olhares, as conversas desnecessárias. Repita para si mesmo que acabou e que é hora de seguir em frente. Lembre-se de que um relacionamento só faz sentido e só pode ser bom quando os dois querem, quando o sentimento é recíproco. Caso contrário, é só dor e desespero, desequilíbrio e pobreza! Ninguém gosta de quem não se valoriza ou de quem é insistente além da conta. Se você fizer o tipo inconveniente, que se comporta feito criança mimada que bate o pé na tentativa de convencer o outro a realizar seus desejos, só vai conseguir ser altamente desagradável, desgastante e "queimar ainda mais o seu filme". Sei que não é fácil, mas viva um dia de cada vez. Cada situação em seu tempo. É como vencer uma dificuldade em etapas. A boa notícia é que a tendência é ficar mais fácil a cada dia. Priorize o seu bem-estar e exercite toda a maturidade que conseguir. Encare como um treino, um convite para a evolução. Um aprendizado necessário. E pode apostar que, depois de uma experiência como essa, você estará muito mais preparado para vivenciar um novo amor de forma mais desapegada, leve e fluida. Afinal de contas, você só pode decidir por si, sempre, em qualquer situação. E assim sendo, que consiga decidir sempre pelo equilíbrio, nem orgulho bobo, nem autodepreciação...
 Apenas a sua verdade embalada com todo o seu valor!

Rosana Braga

                                                                    

sábado, 12 de janeiro de 2013

"A Conquista e o Objeto Conquistado"


Os opostos se atraem, sobre isso nada precisa ser feito, pois sob esta lei homens e mulheres se procurarão por todo o sempre. O côncavo e o convexo se complementam.
Cada qual vê o "Outro" como o seu objeto de satisfação e de prazer.
Cada qual vê, no Outro, aspectos atraentes e faz o que for exigido para garantir a si mesmo(a) a continuidade do prazer, do encontro, da troca, da relação, da conquista e, claro, acima de tudo e de todos, da perpetuação da espécie. 
Alguém duvida da força e domínio deste instinto em nosso comportamento de relação e de envolvimento?
Forças poderosas e instintivas estão no domínio quando se trata de relacionamento entre sexos e entre polaridades masculina e feminina...
Para homens e mulheres, no passado e ainda hoje, os papéis e posições no jogo da conquista são geralmente diferentes e até opostos: No passado os papéis eram prescritos e claros: Cabia à mulher, com mais freqüência, o papel passivo, ou seja: ela dava sinais e esperava a iniciativa do homem, ela tinha um "comportamento de conquista" por meios indiretos (vulgo sedução), estimulando o macho a um papel ativo, quase sempre delegando a ele as iniciativas. Sabemos hoje o quanto isso mudou! Geralmente alguém que decide entrar em um relacionamento depois de responder positivamente a comportamentos e sinais de sedução ou conquista, depois de algum tempo, acaba por ver, com saudade e sofrimento, eles desaparecerem ou se tornarem cada vez mais raros.
Como reagir quando flores não são mais enviadas, poesias não são mais escritas, momentos de encontro são mais espaçados, telefonemas rareiam, datas significativas são esquecidas, bilhetes/ cartas / torpedos / correios eletrônicos não são mais enviados?
Ninguém errará se pensar que o lado feminino anseia muito mais por estes acontecimentos e sofre proporcionalmente mais, pela falta deles... Mas são anseios também do lado masculino.
Há um amor de posse ("toma lá, dá cá") e há um amor de doação ("é dando que se recebe").
As pessoas presas do egocentrismo e do narcisismo não conhecem o amor de doação. Alguém poderá dizer, sem faltar com a verdade, que estas pessoas só amam a si próprias e não ao Outro.

O primeiro tipo de amor é muito mais comum e de uso corrente do que o segundo que depende muito mais de que sejam atingidos alguns graus de evolução psicológica.
Pergunta: O que acontece quando o objeto da conquista já está garantido?
Vamos refletir nisto: Todo relacionamento tem fases e normalmente a primeira fase contém componentes de sedução e conquista em grande proporção.
Estas pessoas, quando fazem algo de bom para o Outro, o fazem com vistas a obter o que desejam e, uma vez alcançado este objetivo, abandonam os comportamentos de conquista/sedução e, aos poucos vão deixando de dar sinais de interesse ou de carinho pelo Outro.
O amor de doação é o ideal a ser atingido, mas o amor de possessividade (típico do predador oculto em nós mesmos) é bem mais comum.
Em cada um de nós (nos homens, mais do que nas mulheres) a "percepção do predador" cumpre um papel dominante (um modo instintivo de lidar com tudo e com todos, dos tempos dos caçadores e nômades que um dia fomos!
Ora, este modo de perceber, ao mundo e aos outros, seleciona e quer controlar (vulgo possuir) somente aquilo ou aquele que constitua um objeto de desejo; selecionar o que interessa ao ego (o EU, sob o ponto de vista egoísta), controlar o que necessita ser garantido (como uma necessidade, uma carência), garantir o que ofereça satisfação. Para o predador só o que interessa é levar vantagem e obter prazer e realização.
Ele não faz um carinho se isso não fizer parte de uma estratégia para receber ou conseguir algo em troca, ele não dá um presente sem a segurança de que haverá reciprocidade; ele não dá confiança sem a certeza de que o Outro está sob controle. Ora, sabemos que a desconfiança predomina onde há insegurança e medo de se entregar, de se arriscar, de viver... Pois esse é exatamente o caso do predador egocêntrico, macho ou fêmea.
Este modo seletivo de percepção (do predador embutido em nós) se esforça por discriminar e afastar tudo aquilo que possa trazer ou causar dor (ou que constitua ameaça). Em todos estes episódios os inseguros, os desconfiados e os traumatizados por separações e mortes anteriores (reais ou virtuais) sofrem por uma ansiedade diante da perda iminente daquilo ou daquela pessoa que anteriormente parecia estar garantida e conquistada... Quando o relacionamento está em seus inícios e às vezes por bastante tempo, o predador pensa mais ou menos assim: Há um período de conquista em que o Outro ainda não me pertence, ainda não está garantido e então ele(a) precisa ser seduzido e convencido a ficar, a permanecer, a durar... Para conseguir esta segurança e permanência tenho o direito de partir para o vale tudo, posso lançar mão de qualquer arma, de qualquer estratégia, de qualquer maquinação, mesmo que o Outro tenha que ser enrolado, iludido, pois eu sempre sei (assim acha o egoísta) o que o Outro quer ou necessita; sou capaz de imaginar e de conhecer suas expectativas e sonhos, necessidades e carências.
Quem já viveu ao lado de um egoísta típico sabe o quanto ele erra nas suas quase sempre simplórias deduções a respeito do que desejamos. Um egoísta típico presenteia mais a si mesmo do que ao Outro...
Se alguém for capaz de, realmente, se colocar no lugar do Outro, então será capaz de prever seus passos, antecipar suas necessidades e suprir suas carências. Porém com amor e respeito. Mas um egoísta não faz isso por amor e desprendimento e, sim, por interesse e no intuito (não declarado) de possuir, de ter poder, de controlar e de garanti-lo para si.
O predador que se esconde em nós, sempre vaidoso, poderia dizer também: “a meu ver (sob o ponto de vista do meu desejo egoísta de controlar o Outro) ninguém poderá satisfazer o Outro mais do que eu mesmo.“ A pessoa que ama demais a si mesma é cheia de falso orgulho e sustenta com dificuldades uma auto estima frágil. Naturalmente, jamais aceitará tal verdade! Mas, pensemos juntos: Quando um predador se sente preterido, passado pra trás ao ver o Outro parecer feliz ou satisfeito ao lado de outra pessoa, como sempre, ficará imaginando que tudo o que ele(a) fez de nada serviu! Ele(a) dirá: gastei energia à toa! Ficará com a vaidade pessoal ofendida: o que o enche de raiva e de indignação, pois a auto-estima estará ferida e, ao mesmo tempo, dependente do Outro para se sustentar.
Naturalmente, com legítimo pesar, podemos entender o por quê de tantas separações acabarem em brigas, raivas, ódios, desejos de vingança e assim por diante. Podemos ver aí também os crimes e atentados à liberdade do Outro.
O fato é que o “predador egoísta” detesta ser passado pra trás!!! Sua vaidade pessoal está acima até tudo!
Mas, continuemos acompanhando o pensamento do predador, desta vez de modo mais otimista e positivo, pois vamos imaginar que tudo está bem e o relacionamento entrou nos eixos, já que ele já garantiu a conquista e seduziu o Outro:
Ele(a) pensa, ao sentir-se seguro da conquista: “na medida em que eu (predador) me sinto garantido em minha conquista, o Outro já não exige mais tanto esforço de minha parte, pois já “caiu no laço” e tudo de que necessitarei será de cuidar da manutenção do conquistado. Sendo assim, aos poucos, e também para não dar na vista, posso abandonar aqueles comportamentos de conquista e de sedução. Minha percepção já pode deixar de se ocupar e de se concentrar na procura de garantir o vínculo com o Outro para poder concentrar-se, de novo, exclusivamente, e apenas, em mim mesmo.” Como sabemos, a partir daí o hábito e a rotina começarão a engolir tudo... e a economia de gestos de sedução começará a acontecer.
Parece uma historinha, mas quantos não se encaixam tanto em um lado da história como no outro, tanto no papel da caça quanto no do caçador?
O fato é que, a partir daí uma espécie muito particular de transe se instala e a rotina começa a comer lentamente as bases emocionais e sentimentais sobre as quais a relação se construiu e frutificou... Não há nada de errado ou de condenável na busca do prazer e muito menos no esforço de manter e/ou garantir as fontes de satisfação; porém, ter apenas este horizonte em vista, faz com que seja impossível a consciencia da existência real do Outro (em sua humanidade e complexidade) e esta característica egoísta anula e rouba o sentido do que poderia ser realmente dirigido ao Outro, presenteado ou doado ao Outro, sem qualquer expectativa (a não ser a de faze-lo feliz) e sem a preocupação com o que se vai lucrar.
Hoje em dia está se tornando comum um casal se envolver emocionalmente e, ao mesmo tempo, se relacionar sob um ponto de vista de valores e de conceitos do lucro e da ganância que domina estes nossos dias.
Quantos relacionamentos se tornam “empobrecidos” e se limitam à colaboração em pagar contas e sustentar necessidades?
O Amor autêntico entre os seres humanos e entre polaridades que se complementam não depende em nada destes vícios e desvios e se fará verdadeiro, onde os envolvidos realmente se entregarem, confiarem, arriscarem e se projetarem em seus sonhos... Amar, confiar, se entregar são estados de espírito que dependem de que haja energia disponível e são possíveis onde alguém se arrisque, aposte e se disponha a viver uma fantasia. Nada mudará isso, jamais... Felizmente!
O Amor é energia e não precisa ser inventado... Ele simplesmente acontece e quem conhece a sua força sabe que ela transcende qualquer manipulação ou desejo de poder sobre o Outro. Quem conhece o amor tem gestos e atitudes para com o Outro apenas por ser feliz enquanto age e sente desta maneira... O Amor não é egocêntrico!

                                                  
(Autor Desconhecido)
                                                                               

"Analfabetismo Ambiental"


 A falta de consciência ambiental não está apenas nas ações predatórias do bicho homem, mas, na sua grande ignorância em relação ao meio ambiente em que vive.
 É esse o fato gerador das enormes dificuldades para o entendimento mais profundo das questões ambientais ou ecológicas.
E isso se deve, em parte, à visão reducionista que hoje prevalece quando tratamos do meio ambiente, uma visão limitadora que nos leva a pensar que ele é algo aquém ou além de nós.
Até mesmo aqueles que possuem boa vontade no trato dessa questão, equivocam-se quando tentam desenvolver, por exemplo, uma educação ambiental baseada numa visão puramente mecanicista, que coloca o homem em separado em relação ao meio ambiente, quando em realidade o homem é parte integrante do todo ambiental.  Discute-se já há algum tempo a questão da sustentabilidade, ou seja, um desenvolvimento que sustente o meio ambiente ao invés de degradá-lo. E o maior obstáculo tem sido a falta do entendimento de que o que deve ser sustentável é a vida em sua totalidade, não o desenvolvimento em si, que deveria e deve estar alicerçado em melhorar a existência humana e não colocá-la em risco.
O secular analfabetismo ambiental foi que gerou essa cegueira crônica que impede o homem de ver o óbvio: todo tipo de desenvolvimento visa, em suas razões básicas, a evolução da vida humana não apenas no sentido quantitativo, e sim no aspecto qualitativo. Para refletir: mas e se esse desenvolvimento aniquila a vida do homem a quem ele serve? Que homem sobreviverá para gozar o desenvolvimento? Se alguma coisa está errada há muito tempo e ninguém quer admitir, não será porque essa cegueira já se instalou na alma humana?
Educadores, cientistas, ambientalistas, técnicos e outros interessados sinceros na causa ambiental que é essencialmente humana também, não têm como fugir ao fato de que precisam rever seus conceitos em relação ao meio ambiente e à sua sustentabilidade. Toda a ação educativa e prática em prol do meio ambiente deve necessariamente passar pela mudança da visão linear-mecanicista de Descartes e Newton, onde o universo é visto separado em partes, para uma visão holística e ecológica cuja compreensão é a de que o universo é uma imensurável e dinâmica teia onde tudo se relaciona com tudo, digamos assim; tudo que existe contribui para a existência do todo.
O meio ambiente é uma rede ou uma teia, um sistema do qual fazemos parte: há um encadeamento natural no universo e nós fazemos parte dele. Devemos perceber, por exemplo, que quando derrubamos uma árvore é parte da nossa vida que está sendo podada, é o habitat de muitas vidas que se vai; toda a agressão ao ambiente e à sua biodiversidade refletirá a curto, médio ou logo prazo, em nosso próprio existir. Ao poluirmos a água ou degradarmos qualquer sítio, é a saúde do planeta e a nossa própria que estamos a afetar. Quando provocamos uma queimada é toda uma biodiversidade que se deteriora, são animais, insetos, um encadeamento natural que estamos a por fim. E a cada vez que essas ações se repetem ficamos mais vulneráveis em nossa sobrevivência. Se não compreendermos ou sentimos esse fenômeno é por que com certeza nos falta sabedoria, então devemos com humildade ir buscá-la através do aprendizado e de novas práticas ambientais.  Fora da alfabetização ambiental não há salvação nem para o meio ambiente nem para nós, já que estamos umbilicalmente ligados. É preciso, aqui e agora, darmos um novo viés pedagógico ao estudo ecológico e às práticas preservacionistas, algo que propicie ao mesmo tempo a compreensão racional do meio ambiente e a criação de laços emocionais ou afetivos com a natureza em todas as suas formas. Basta de paliativos, de palavras ao léu, de discursos meramente políticos ou ambientalmente corretos. A responsabilidade é de todos, mas o compromisso maior é daqueles que detêm algum conhecimento, poder, coragem e competência cidadã, ferramentas necessárias para forjar uma nova consciência ecológica solidária e universal. No mais, como já cantou o poeta Taiguara: “e que as crianças cantem livres sobre os muros...”
Boa Reflexão e viva consciente.



Willes Silva

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"O Homem e as Regras Sociais"


Ainda mais difícil do que aceitar o desamparo da condição humana, é o de nos depararmos com a nossa insignificância cósmica.
Somos um modesto animal, apesar de dispormos de um cérebro de razoável competência, para alguns assuntos ele é bastante inferior ao que supomos - que habita um modesto planeta de um dos bilhões de sistemas solares. E é evidente que nossa vaidade fica bastante ofendida com estas constatações; basta ver a reação de hostilidade desencadeada sobre criaturas como Galileu e Darwin, que nada mais fizeram senão nos mostrar alguns aspectos da nossa insignificância.
Na verdade, não gostamos nem mesmo de pensar em assuntos deste tipo; sabemos que é verdade, mas tratamos de mudar nossa atenção o mais rápido possível para a realidade concreta que nos cerca e, com isto, nos distrairmos destas coisas dolorosas e geradoras de desespero e medo. A insignificância cósmica ofende a vaidade humana, de modo que acredito que isto se transforme em um reforço ainda maior no sentido do indivíduo tratar de obter o destaque social, de se sentir importante e significante ao menos por comparação com outros homens. Acho também que isto explica uma correlação, para mim bem evidente, entre vaidade e inteligência: ou seja, quanto mais lúcido da condição humana (e isto é derivado da inteligência), mais frustrado o indivíduo fica e mais busca remédio para sua dor no destaque social. Ao se sentir mais importante (e isto nem sempre tem a ver com mais útil, mais construtivo) a pessoa se sente menos frustrada;  se sente importante porque é reconhecida por outras pessoas, admirada e invejada por elas. Não é difícil perceber como esta peculiaridade da psicologia humana pode ser mais um importante fator para a determinação dos grupos sociais como nós o conhecemos. Alguns se destacam defendendo as regras do jogo estabelecido; são os governantes, os que detêm o poder; são reverenciados, terão estátuas depois de mortos, serão nome de rua; não são tão insignificantes, ao menos à primeira vista, quanto a grande massa da população, que será lembrada apenas pelos familiares (e ainda assim por muito pouco tempo). Sentir-se-ão tanto mais significantes quanto mais tiverem adeptos, pessoas que pensam como eles, obedeçam às suas falas e lhes sigam; inversamente se sentirão brutalmente ofendidos com as oposições que a eles se façam, pois estas são criaturas que também lidam mal com o desamparo (por isso escolheram o sucesso segundo as regras do jogo existente, sem tentar modificá-las). Outras buscam a significância de um modo mais sofisticado, isto é, defendendo pontos de vista mais de acordo com seus sentidos de justiça pessoal e social. São pessoas que se opõem à ordem social mais igualitária; agem, porém, de uma maneira meio messiânica, se colocando como os salvadores dos oprimidos. Estão em busca, antes de tudo, de um sentido grandioso para suas vidas, coisa que só será alcançado se forem capazes de salvar o seu povo. Compõem-se em grupos minoritários e também tendem para o autoritarismo, pois não toleram divergências de opinião - coisa que bem demonstra a precária construção psicológica destas pessoas. Outros ainda buscam saídas individuais, coisa bastante comum com os de temperamento artístico. Poetas, pintores, filósofos de gênio, músicos, buscam também o destaque social e a significância através de obras que eles pretendem sejam eternas. Mas, como regra, têm vidas bastante extravagantes e costumam ser as criaturas mais coerentes entre o que pensam e o modo como agem (insisto que coerência não implica em não mudar de opinião; a conduta vai mudando junto com as novas idéias). Exercem, como regra, suas vaidades físicas de modo mais direto; vivem em permanente transgressão das regras sociais e chamam a atenção por causa disto. Despertam a admiração e a inveja das pessoas em geral, que adorariam viver desta maneira, mas não o fazem porque não tem coragem.


Flávio Gikovate


"Corações Calejados"


Fala-se de mãos e pés calejados, mas pouco se fala de corações calejados. Portanto... quanta gente há por aí vivendo como se não fosse possível ter sentimentos porque um dia foram magoadas.
As pessoas mais duronas, que parecem indiferentes ao amor, carinho e ternura, são pessoas endurecidas pela vida. São vítimas de uma dor que não souberam gerir. Uma empresa mal administrada vai à falência; um coração mal dirigido vai à ruína.
 Somos nós os gerentes da nossa vida. A nós cabe as decisões importantes que conduzirão nosso caminho. Você já experimentou andar com um sapato apertado? No início a gente agüenta, faz até cara bonita e se diz que depois vai amaciar. Mas isso nem sempre acontece e depois de algum tempo percebemos que, mesmo se as pedras no caminho podem fazer mal, melhor mesmo é deixar esse sapato de lado, ainda que seja aquele que a gente tanto desejou e até se sacrificou para adquirir. Há pessoas que calejam nosso coração. Fazem parte da nossa vida e as amamos, mas nos fazem mal... tanto e tanto que acabamos fechando aos poucos as portas do nosso coração a outras possibilidades. Nos trancamos dentro dele e vivemos na escuridão da nossa própria sombra. Não permita que alguém magoe seu coração a ponto de te deixar insensível. Não deixe de acreditar nas estrelas porque um dia as nuvens escuras encobriram seu céu. Se seu coração está calejado, cuide dele com mais carinho ainda. Que seja ele a transformar a atitude dos outros em relação a você e não o contrário! Se alguém que você ama só quer brincar com seu coração, talvez essa pessoa não mereça o amor que você sente. E por mais difícil que seja, guarde seu coração das asperezas, não deixe que as decepções o endureça.

Olhe em outras direções, dê uma chance aos que te querem bem e ao seu coração de ser cuidado com o carinho que ele merece.


L.. Thompson

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

"Amélia de Hoje"...


Amélia que era mulher de verdade. Eu sou apenas uma mulher. E gostaria de reinvindicar o direito de sê-lo. Sou vaidosa. Uso baton pra dar cor à minha vida. Maquiagem para parecer mais bonita. Não faço tudo com perfeição; alguns fios de cabelo branco, apesar de todas as tentativas para evitá-los, aparecem. Uso cremes pra retardar o envelhecimento e se à noite tenho dores de cabeça é porque me sinto cansada. Nem sempre estou disponível e pronta e cometo erros. Me engano, como qualquer outro ser humano normal.
Gosto de roupas, sapatos, jóias, perfumes e flores. Um minuto de atenção me faz ganhar todo o dia. Sou sensível, fraca, frágil. Sou forte quando preciso. Minha única busca: o amor e tudo o que dele resulta: crianças, trabalho, dia-a-dia e felicidade. Mas vou além: quero segurança, andar de mãos dadas, ser pega no colo e ser chamada de rainha. Minhas lágrimas me traem quando menos espero. E desespero. Detesto a solidão, a falta de atenção. Sou impaciente e não gosto de esperar. Não quero ser objeto e nem ter dono. Sou capaz, por mim mesma, amando, de me entregar de todo e ser fiel.
Sem amarras, simplesmente por amor. Posso ferir, como todas as rosas. Mas perfumo também, dou encanto. Ilumino o amor como só as mulheres sabem fazer. Compenso, se assim posso dizer. Há sempre um preço para a felicidade e tocar nela é aceitar pagar esse preço.

Sou uma Amélia dos tempos modernos. Mais independente, sabendo o que quer. E o que quero é ser eu mesma.                                                                              
                                                                                            
                      L.Thompson                      
     

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

"Personalidade...Homens e Mulheres"

Um novo estudo sugere que os homens podem mesmo ser de Marte e as mulheres de Júpiter. Psicologicamente falando, há grandes diferenças entre as personalidades masculina e feminina. Mas há controvérsias. Os resultados de uma pesquisa mostram que cerca de 18% das mulheres compartilham personalidades parecidas com os homens, e 18% dos homens compartilham personalidades parecidas com as mulheres. Mas a maioria das mulheres têm traços de personalidade que são bastante distintas das dos homens, e vice-versa. Segundo os pesquisadores, os homens tendem a ser mais dominantes (fortes e agressivos) e emocionalmente estáveis, enquanto as mulheres tendem a ser mais sensíveis, atenciosas (com os outros) e apreensivas. “Psicologicamente, homens e mulheres são quase uma espécie diferente”, disse o pesquisador Paul Irwing.  As descobertas podem explicar por que algumas carreiras são dominadas por homens (como engenharia) e outras por mulheres (como psicologia). No entanto, o estudo atraiu críticas de outros especialistas que afirmam que os métodos que os pesquisadores usaram para computar seus resultados são falhos, e que homens e mulheres não são tão diferentes assim. Os cientistas analisaram informações de mais de 10.000 pessoas nos Estados Unidos entre as idades de 15 e 92 anos que fizeram um teste de personalidade. Os testes foram projetados para medir 15 facetas da personalidade, incluindo estabilidade emocional, dominância, vivacidade, audácia social, sensibilidade e abertura à mudança. Em seguida, os pesquisadores combinaram a pontuação nessas facetas de personalidade para calcular o que chamaram de “diferença global” na personalidade entre homens e mulheres. A “diferença global” é essencialmente uma soma de todas as diferenças. Os resultados vão contra a opinião dominante entre os psicólogos de que, em geral, os homens e as mulheres são mais semelhantes do que diferentes em uma série de maneiras, incluindo traços de personalidade. Uma falha do estudo é que os homens e mulheres participantes avaliaram os seus traços de personalidade sozinhos. As pessoas são inclinadas a se classificar de uma forma que está de acordo com os estereótipos de gênero. Não é muito viril para um homem dizer que é sensível, por exemplo. Também, usar 15 facetas de personalidade para calcular uma “diferença global” gera um valor que não tem qualquer significado real.

Essa “diferença global” não ficaria maior se mais fatores de personalidade fossem adicionados, além de 15. Ou seja, como muito mais características existem, é mais provável que homens e mulheres não sejam assim tão diferentes mesmo.


LiveScience

"Ser Feliz"!


  Diz a filosofia oriental que ao longo do ano temos sempre dois dias em que nada podemos fazer..." O ontem e o amanhã"!
Não se pode viver nenhum outro dia, a não ser o de hoje. O ontem já ficou para trás e dele só nos restam as experiências, que devem  servir de sabedoria para a nossa caminhada de hoje.
 O amanhã nos reserva o desconhecido, de onde nada podemos tirar. 
Do ontem trazemos as saudades e as lembranças e para o amanhã tecemos esperanças. Mas nem as lembranças nem as esperanças podem ser vividas. 
Elas apenas podem ser percebidas e sentidas, mas não podemos deixar que controlem o nosso hoje, que sejam a razão da nossa vida. 
O amanhã e o ontem são as casas do impossível. Tudo o que é possível realizar reside no hoje, no agora, neste instante. 
“A vida não é contada em meses, ou anos... É contada em minutos e segundos. Portanto, viva cada segundo intensamente. Seja feliz a cada momento”. (Ionaz)
 Amanhã eu vou ter um belo carro e, então, vou ser feliz... Ontem eu estava na praia e estava feliz. No mês que vem vou estar de férias, e então estarei feliz... Mês passado eu namorava aquela garota e era feliz. Ano que vem mudo de emprego, e então serei feliz fazendo o que gosto. Há um ano eu tinha um bom emprego e estava bem de vida... Ilusões... Tudo somente ilusões! 
Não existe amanhã, não existe o mês que vem, nem o ano que vem. Não existe ontem, mês passado e ano passado. Tudo o que existe é o agora. E é agora que você pode ser feliz. Decida-se pela “felicidade já”! Seja feliz agora. Seja feliz a cada segundo, um segundo de cada vez.

Felicidade é ter a consciência de que cada instante em sua vida é valiosíssimo. Ser feliz é saber viver cada instante intensamente, com alegria, garra, ousadia, e com a vivacidade de uma criança. É provar da fonte da vida a cada instante, e se deliciar com os estímulos e recompensas presentes a cada momento.

                                                                  Gilberto Cabeggi