Somos Anjos e Mestres!
Todos nós sabemos alguma coisa que alguém, em algum lugar, precisa aprender e, por vezes, nós mesmos recordarmos.

domingo, 30 de junho de 2013

"Pedido De Uma Criança"!!!!

 "Não tenham medo de ser firmes comigo...
Prefiro assim,isso faz com que eu me sinta mais segura.
Não me estraguem, sei que não devo ter tudo o que peço, só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos, dependo de você para saber o que é bom ou mau.
Não me corrijam com raiva, aprenderei muito mais se falarem com calma e em particular.
Não me protejam das consequências dos meus erros, às vezes, eu prefiro aprender pelo caminho mais áspero.
Não façam promessas que não possam cumprir mais tarde; lembrem-se de que isto me deixará profundamente desapontada.
Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo, isto me afastará dele.
Não me desconversem quando eu faço perguntas, senão eu procurarei nas ruas as respostas que não tenho em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis, senão ficarei extremamente chocada quando descobrir algum erro de vocês.
Não digam que não conseguem me controlar, eu julgarei que sou mais forte do que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade, lembrem-se de que tenho o meu próprio modo de ser.
Não viva me apontando os defeitos das pessoas que me cercam, pois isto criará em mim,desde cedo, um espírito intolerante.
Não queiram me ensinar tudo de uma vez, nem desistam nunca de me ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo...
No futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram,ou então, daquilo que não plantaram."


Autor Desconhecido

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Nem Pão... Nem Circo"!!!

Esses dias ao ler os jornais, tive a forte impressão de que a História realmente se repetia.
Talvez como drama... Talvez como farsa. Não sei.
Alguns acontecimentos no Brasil lembraram-me Roma Antiga.
Por exemplo: em bom e alto latim o “panem et circenses” – a política do Pão e Circo – que imperou na Roma do Século I da era cristã.
O humorista e poeta Juvenal, contemporâneo dessa época, cunhou a expressão em uma de suas obras, a então célebre Sátira X, na qual criticava acintosamente a falta de interesse do povo romano aos assuntos da ciência, da cultura e da política, e que só se preocupava em comer bem e divertir-se, a ponto de que tal característica fosse utilizada como instrumento de manipulação e dominação.
Mesmo com a expansão econômica e o crescimento da “civilidade romana”, ironicamente os trabalhadores livres, formados em sua maioria por pessoas humildes e de poucas condições financeiras foram submetidas à dura realidade da periferia, vivendo em habitações precárias e insalubres, submetendo-se a empregos extenuantes e mal remunerados.
Para que esse povo submetido à exploração desumana de sua mão de obra e também às piores condições de sobrevivência, não se revoltasse, promovendo ações violentas e descontroladas, os governantes da época adotaram  a política do pão e circo.
Mensalmente distribuíam uma cesta básica de alimentos no Pórtico de Minucius, constituídas por uma quantidade de cereais o suficiente para que o povo não morresse de fome e também promoviam vários eventos populares, sempre com o objetivo de distrair a população dos problemas viscerais de sua condição de vida.
Nos tempos de crise as autoridades apaziguavam as tensões sociais com a construção de enormes arenas, nas quais se realizavam grandes espetáculos populares, tais como, por exemplo, a luta de gladiadores por sua própria vida.
Essa velha e sub-reptícia política era duplamente vantajosa. Ao mesmo tempo em que a população ficava apaziguada e mansa, a popularidade do governante entre os mais humildes ficava consolidada.
Foi nesse ponto de minha reflexão que então me perguntei: – será que isso tem a ver com o nosso Brasil de hoje? Será que a história romana está se repetindo, aqui, ora como drama e ora como farsa?
Não! Claro que não. É um lapso de quem busca, de forma insistente, por significados.
Não há nenhuma repetição da história romana aqui.  Pelo menos com o que tenho lido nos jornais.
Pois no Brasil desses últimos dias, a política é do... “Nem pão e Nem circo”.
Afinal o pão na mesa está cada vez mais raro e o circo da praça cada vez mais caro.
Tanto que o glamour de frequentar as arenas modernas e assistir aos espetáculos mais populares ficou para a alta sociedade.
Outra visceral diferença...
São nas ruas, fora dessas arenas tão luxuosamente construídas, que as principais lutas estão acontecendo.
A luta diária e anônima para garantir a simples sobrevivência física...
E uma outra, suprapartidária, que sob os holofotes distorcidos da mídia tenta resgatar a voz e a vigília há tanto tempo perdidas.


Mustafá Ali Kanso

sexta-feira, 21 de junho de 2013

" E Nada Ficará Como Antes"!!!!!!!!!

Dia de brutalidade inaceitável...
Na quinta-feira passada, o dia mais violento que abalou de vez São Paulo, pude testemunhar horrorizado a ação da tropa de choque na minha rua, por volta das 10 horas da noite. Enquanto assistíamos pela TV os dramáticos episódios que marcaram a manifestação, começamos a ouvir pela janela barulho de tiros, cada vez mais próximos. Uma centena de pessoas, em sua maioria jovens, ia em direção à estação do metrô, seguida de perto de um manípulo de Policiais enfileirados com capacetes, escudos e espingardas, disparando balas de borracha sem parcimônia.
Ao mesmo tempo, muitas motos do choque subiam perigosamente nas calçadas das ruas laterais, apavorando e quase atropelando pessoas que nada tinham a ver com tudo aquilo. Uma violência desnecessária, visto que os garotos estavam desarmados somente tentando voltar para casa após os protestos. Um sentimento de impotência, de tristeza e revolta tomou conta da gente. Os atos que deveriam ser pacíficos, desandaram em conflitos que saíram de controle, onde a força bruta policial prevaleceu sobre o bom-senso e o respeito para com os semelhantes.
Mas nada é para sempre e, no tempo certo, quatro dias depois, apareceram os primeiros sinais do Universo. Hoje de madrugada não conseguia pegar no sono; os históricos acontecimentos desta segunda-feira, dia caracterizado pela manifestação de força popular, que acabam de deixar um marco indelével no país, voltavam incessantemente à minha tela mental. Dormi algumas horas, acordando muito cedo com a cidade ainda escura; pessoas apressadas vindo da estação de metrô dirigindo-se ao seu local de trabalho; carros com motoristas nervosos, furando sinais vermelhos, provavelmente para chegar ao destino antes do início do rodízio.
Parecia um dia normal, mas o ar estava e continua diferente, elétrico, cheio de uma energia renovada... Algo muito forte sacudiu a cidade grande, marcando-a mais uma vez com um movimento maciço e cada vez mais determinado de indivíduos que querem ser a mudança profunda há muito tempo sonhada.
Não dá mais para ignorar os fatos, os números, as motivações que vão muito além de uma mera reivindicação de redução de tarifa do transporte, ainda que uma pequena minoria (calculada ontem pelos repórteres de campo da Globo News em cerca de 1% dos presentes), vandalize e deprede de forma truculenta. Efeitos colaterais de uma raiva represada que de repente é canalizada de forma agressiva e destrutiva.
A Maioria silenciosa não tem partido...
A gente não suporta mais o faz de conta, a pseudo-democracia, os incontáveis desperdícios, a corrupção endêmica, a injustiça social, a violência, a impunidade, a política do "pão e circo", os poderosos que governam em causa própria, os serviços essenciais de baixa qualidade, o voto obrigatório e a farsa das eleições. Não é uma questão de economia (que anda mal das pernas também) e sim de ter o direito sagrado à cidadania; poder participar de verdade do destino da nação, sair com dignidade do sufoco até aqui imposto pelas elites e poder receber salários e aposentadorias corretas.
Desde hoje, poucos suportam líderes sem ética, de ficha suja, desperdiçando verbas dos contribuintes. Uma declaração mostra o quanto o presidente da CBF José Maria Marin está distante da realidade, vivendo no mundo da ilusão. Ele declarou:
"Seria preferível que toda a atenção estivesse voltada exclusivamente para o futebol e acho que essa é a preocupação de grande parte do povo brasileiro".
Tem mais distanciamento ainda nas palavras de Blatter, onipotente presidente da FIFA: "O futebol é mais forte que a insatisfação das pessoas".
E nada ficará como antes...
As pessoas cansaram de vez de suportar tamanha iniquidade e o pote acaba de transbordar, com os governantes e seus marqueteiros políticos (os 'fabricantes' de candidatos) que sequer perceberam o que estava por acontecer. O Gigante despertou destarte de um longo sono e se levantou de seu 'berço esplêndido' inaugurando algo muito especial: o caminho para iniciar e propagar ao mundo todo a tão esperada Transição Planetária, que começou em 12 de Dezembro de 2012, com a mudança definitiva da energia kundalini da Mãe Terra para o hemisfério sul, a poucos milhares de quilômetros daqui, na fronteira andina entre o Chile e a Argentina. Sim, este pedaço de mundo em que habitamos, foi escolhido pelo Universo para dar vida e rosto à Nova Era e todos os de consciência desperta fazem parte do projeto Cósmico, como responsáveis e ativos trabalhadores da Luz que precisam levar a cabo a tarefa escolhida antes de encarnar. Tudo faz sentido e a cada dia que passa algo positivo surge, ainda que pouco seja divulgado pela mídia de massa.
O papel fundamental da Internet...
Pelas redes sociais, nada menos que 79 milhões de pessoas ficaram sabendo das manifestações de rua; confira trecho de texto da revista Veja:
"Quem está conectado às redes sociais percebeu que os protestos se tornaram quase um tema único nos últimos cinco dias, dominando publicações no Twitter, Facebook e também no YouTube. Os compartilhamentos impactaram potencialmente mais de 79 milhões de internautas até a noite de segunda-feira.
O mapeamento foi realizado online pela empresa Scup. "O monitoramento mostra que essas mensagens chegaram a todas essas pessoas", explicou o gestor de comunicação da empresa, Eliseu Barreira Junior. Essa abrangência foi alcançada entre quarta-feira e as 21 horas de ontem (dia 17/6).
O mapeamento das redes indica uma curva crescente das publicações sobre o tema desde quinta-feira, dia da manifestação marcada pelo rigor policial, alcançando ontem um pico de menções. Os termos mais citados foram "Protesto", "O gigante acordou", "Vem pra rua" e "Acorda, Brasil". A plataforma contabilizou mais de 236 mil itens publicados no período".
Umas palavras sobre Edward Snowden, que poucos devem conhecer
Sou somente um mensageiro e não pensava em ter de tocar no assunto, mas os mentores me pediram. Para quem não sabe, Edward é um foragido ex-agente da CIA e da NSA, a super secreta agência de segurança nacional americana que, de acordo com ele, monitora indiscriminadamente todas as comunicações telefônicas, os e-mails e as redes sociais dos americanos... e de todos os outros cidadãos do planeta, incluindo instituições civis, militares, sanitárias etc.. Um programa sofisticadíssimo, chamado p.r.i.s.m, tem acesso livre aos principais provedores dos EUA, incluindo Google, Microsoft e Facebook, quando não recebe diariamente megapacotes de dados das telefônicas, como a Verizon e outras. Ele afirma que divulgou as informações secretas "Para demonstrar a hipocrisia do governo americano quando afirma não atacar infra-estruturas civis, a diferença de seus inimigos. Não somente o faz, mas teme além da conta que o mundo saiba de sua intenção de usar todos os meios, inclusive a intimidação por vias diplomáticas, para evitar que essas informações tornem-se públicas".
Silêncio absoluto por parte de nossos governantes sobre o tema! Não tem nada a dizer mesmo?
Lembre-se de que não existe mais privacidade na Rede... e de onde vem a ameaça.
E vamos em frente com mais coragem, fé e confiança no Universo, que deu finalmente o sinal que tanto esperávamos... sim, agora entendo o motivo de ter vindo a esta terra abençoada para aqui viver.

"O fundamental é que a vida brasileira possa,
 novamente, ser devolvida ao público brasileiro. 
Esta é a segunda preocupação de Gota d'Água.
 Nossa tragédia é uma tragédia da vida brasileira"
Chico Buarque.
Somos Todos Um

terça-feira, 18 de junho de 2013

" Vida... Que Não Dá Conta Da Vida"!!!!

 "É possível que seja de qualificação do desejo que esse movimento fale.
Talvez seja esta a única coesão entre tantos anseios diferentes, organizados ou não.
O sentimento de que essa vida é pouca, de que essa política pautada mais pela reprodução das relações de poder do que por ideias de um Brasil melhor já não motiva ninguém. Em São Paulo, mais do qualquer uma das outras capitais que também se levantaram e se levantam, a questão do transporte explicita todo esse desencanto.
É muito simbólico que Alckmin e sua polícia tenham frisado tanto que defendiam “o direito de ir e vir” dos cidadãos, como se cidadãos também não fossem aqueles que se manifestavam. Mas o mais irônico dessa justificativa para a repressão é que “ir e vir” é o que não se consegue fazer em São Paulo, imobilizados em ônibus e carros no trânsito parado, uma oposição já cristalizada na linguagem.
Talvez o que una os manifestantes tão diferentes de São Paulo seja o movimento – o ato mesmo de literalmente romper o imobilismo e se mover. A maior transgressão é andar – e por isso era também crucial andar na imensamente simbólica Avenida Paulista. Pessoas, não carros, não ônibus 20 centavos mais caros. Não mais como zumbis sustentando uma vida insustentável em passos claudicantes e limitados, mas como pessoas no movimento desejante em busca de uma vida que faça mais sentido.

" Vinte centavos talvez sejam o tanto de morte que uma vida humana já não pode suportar". Em São Paulo, mas também em Porto Alegre, no Rio, em Brasília, em várias cidades e capitais. Assim como em outras partes do mundo – antes, agora, possivelmente depois –, em cada uma delas com contextos, peculiaridades e rostos próprios, mas com algo em comum que é possível reconhecer.
Algo que revela de um mundo que apodrece, de um modo de vida que já não dá conta da vida."

Eliane Brum

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Isso a Mídia Não Mostra... A TV Não Vai Mostrar!!!!


Pouca vergonha!!! Que país é este que seu povo, aceita sem reclamar esses absurdos que estão vindo de um Governo tão Corrupto! De que adianta investir na Copa do Mundo, na Falsa Midia, mostrando as belezas naturais do Brasil, a beleza dos carnavais de rua, os falsos investimentos na área de educação e saúde ( é isso que a Mídia tem feito no dia-a-dia para dizer que tudo está bem neste país),  enquanto nós brasileiros sabemos que isso é tudo uma enganação, que aqui o povo passa fome, mora embaixo de ponte, crianças são molestadas e mortas por pedófilos e marginais, que nossos policias atacam com balas de borracha  os manifestantes de uma passeata em busca de melhores condições de vida, enquanto bandidos, marginais e viciados queimam e matam trabalhadores honestos e indefesos.
Tenho 60 anos e confesso que mesmo no Tempo da Ditadura Militar, nunca presenciei tantas barbáries como nos dias atuais e tanta corrupção por parte dos nossos Governantes.
As passeatas que estão acontecendo pelo Brasil, não são só pelos míseros R$0,20 no aumento das passagens, mas sim, o aglomerado de uma série de problemas que vem surgindo nos últimos anos e que o povo brasileiro já não aguenta mais. 
A Gota DÁgua deveria ter sido transbordada há muitos anos, mas como dizia nosso saudoso CHICO ANISIO..."BRASILEIRO É MUITO BONZINHO"!!!
Ser "Bonzinho" não significa ser IDIOTA... Ser Bonzinho significa empunhar uma bandeira contra a corrupção e contra toda essa violência que está acabando com o nosso povo, não fazendo como alguns arruaceiros e vândalos tem feito nas passeatas, destruindo tudo que está na frente, mas sim, de maneira organizada e pacífica, garantindo a segurança e direitos de seus manifestantes. 
Sinceramente, tenho medo do que possa acontecer aos estrangeiros nos jogos da Copa do Mundo aqui no Brasil, pois, se nossos Policiais não conseguem conter a onda de crimes aqui entre os brasileiros, imaginem com todos esses marginais e traficantes a solta, se organizando e esperando o momento oportuno para fazerem um arrastão dentro dos estádios de Futebol... 
Será que somos tão" Ingênuos", a ponto de acreditarmos que a Segurança no Brasil será diferente só porque o Governo precisa fazer "Bonito" nos jogos da Copa, para mostrar lá fora, que é um país de 1º Mundo?
Isso aqui é UM PAÌS DE MENTIRAS... UM PAÌS DO FAZ DE CONTA... UM PAIS DO ENGANA, QUE EU GOSTO!!!!!
Eu, como cidadã brasileira, me sinto muito envergonhada perante o Mundo por ter nascido no berço deste GIGANTE ADORMECIDO, chamado BRASIL!!!!!!

Leiam e assistam ao Vídeo abaixo, e depois disso... Digam se alguém ainda sente Orgulho em dizer que é Brasileiro!!!  Confesso que chorei ao ver o desabafo dessa médica... Chorei por ver o descaso e a miséria do nosso Povo!!!!

GotinhaMRL

SAÚDE OU COPA DO MUNDO?
ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA,
ASSISTAM O DESESPERO DESSA MÉDICA...
É O RETRATO DO DESGOVERNO SOCIALISTA!
Vejam o Brasil real que muitos de nós não vemos. A parcela de nós, e somos minoria, que pode pagar planos de saúde e... que não passamos por isso, embora os planos de saúde atualmente não sejam lá essa maravilha, mas vejam como penam os menos favorecidos que deveriam ser acolhidos dignamente pelos hospitais públicos.

Será se eles fossem a um estadio de futebol de bilhões de reais para a Copa do Mundo estariam a salvo? As cenas grotescas, degradantes, humilhantes e revoltantes são da saúde pública no Rio de Janeiro, mas espelha o que ocorre em todo país.

Portanto insisto com todos(as) vocês vamos nos unir, nos congregar para analisarmos, questionarmos, exigirmos compromissos com nossas demandas com os candidatos nas eleições de outubro de 2.014.

E olhem que o governo do Rio de Janeiro, leia-se SÉRGIO CABRAL é aliado de primeira ordem da presidente DILMA ROUSSEFF.

Questiono: estádios de futebol são empreendimentos da inciativa privada e não de governos. Os bilhões de reais torrados nesses estádios com certeza se estivessem sido aplicados na saúde essas cenas degradantes desse vídeo não seriam vistas.
MEDICA DENUNCIA GOVERNO EM REDE NACIONAL ACOMPANHE E COMPARTILHE
!


domingo, 16 de junho de 2013

" A Gota D´Água"...

Ontem eu acordei e, como faço todos os dias quando começo a trabalhar, abri os principais sites de notícias. A manchete do G1 era Fiança para presos em ato contra tarifa será de R$ 20 mil, diz secretaria, e aí eu entendi...
As manifestações estavam incomodando muito!
A fiança só está cara assim porque o comando da PM (no caso, o governador) e a prefeitura possivelmente se deram conta de que:
1. a manifestação é só a gota d’água pra uma onda de insatisfação generalizada dos paulistanos, não só com o preço e a ineficiência do transporte público, mas com a luta diária que é morar em SP: preços altíssimos, violência, lazer restrito a quem tem dinheiro, trânsito infernal, transporte público precário.
2. a manifestação cresceu em número porque ali não há só estudantes: há todos os tipos de pessoas comuns que, como a maioria dos paulistanos, está cansado de não ser representado adequadamente pelos seus governantes.
3. se a fiança é de R$20 mil e eles estão tentando gerar o pânico, usando técnicas de regimes ditatoriais (infiltrando agentes disfarçados no movimento e informando as pessoas sobre isso, para gerar um clima de desconfiança generalizada), eles estão assustados... E se eles estão assustados, significa que estamos fazendo a coisa certa.
Isso é meio óbvio, né? Tem algumas outras obviedades: que a polícia é truculenta e tem interesse em incitar violência e quebra-quebra pra que os jornais falem sobre o vandalismo dos manifestantes; que alguns manifestantes, uma parcela mínima, passam do limite e causam violência, mas que isso é natural em uma multidão de 10 mil pessoas; onde o trânsito já é insuportável todos os  dias, que se mais um dia ele vai ficar uma merda, seria legal que você tolerasse isso, porque tem gente tentando mudar o país... E finalmente, que não se trata mais de reclamar de um aumento por causa de 20 centavos.
Isso é tão óbvio para mim daqui de fora, que até acho estranho que não seja para algumas pessoas aí no meio do bolo. Nenhum argumento (“eles quebraram tudo então perderam a razão”, “polícia tem mesmo que proteger patrimônio público”, “vagabundo não tem direito de parar o trânsito”, “20 centavos é um aumento justo em três anos”, “esses filhinhos de papai têm dinheiro para pagar a mais na passagem, do que estão reclamando?”) invalida uma luta por um país mais decente... Não se trata de 20 centavos!!!
A verdade é que qualquer pessoa que não concorde, qualquer uma, "jamais" teve que pegar um trem lotado por anos seguidos às 18h.  Coloco minha mão no fogo...
Se teve, tem a memória muito curta.
Ninguém está defendendo a violência de alguns manifestantes... Defendemos a legitimação da manifestação mesmo com alguns membros desnecessariamente violentos, porque acreditamos que esses sejam a minoria... Não se trata mais de 20 centavos. O aumento podia ser de 5 centavos. De 2, que seja.
Não se trata disso, não é somente por esse motivo que as pessoas estão na rua, e se você não percebe, é por que te falta sensibilidade, falta civilidade, e falta viver em SP de verdade – sair do seu carro e do metrozinho que você pega na linha verde e ir morar no subúrbio. Ir viver em outra cidade pra que isso tê dê perspectiva. 
Tomar as ruas de SP em protesto, nesse momento, se trata de gente que não aguenta mais ter que lutar para sobreviver todo dia em uma cidade que cada vez impõe mais obstáculos pra isso.
A fiança para os detidos na manifestação é de R$20 mil reais. Tem gente que atropela e mata, paga 5 a 10 mil reais e sai andando da delegacia.
Eles estão se assustando. E sabe por que? Porque todo mundo sabe que quem foi pra Paulista ontem não está lá por causa da passagem de ônibus – como os manifestantes na Turquia não estão lá por causa da construção de um parque...
Foi só a gota d’água... O lance é que ninguém aguenta mais. Ninguém aguenta mais ler que a desigualdade social diminuiu e o Brasil vai ser a maior economia do mundo em 20 anos, e não conseguir sair de casa por medo de tomar um tiro na cabeça sem motivo São Paulo, especificamente, está sufocando todo mundo...
É uma cidade violenta em todos os aspectos – não tô falando só de gente que te assalta e te sequestra, mas da violência que é esse transporte público absurdo, da violência que são esses preços absurdos, da violência que é a ausência de opções de lazer baratas ou gratuitas pra todas as classes, da violência que é ter que atravessar a cidade pra trabalhar, da violência que é o trânsito, todos os dias.
Viver em SP é uma batalha diária...  A gente fica tão imerso em todos os esforços que tem que fazer, diariamente, para chegar vivo e íntegro em casa no fim do dia, que não percebe o quão extenuante isso é. O quanto isso acaba com a nossa saúde mental, com a nossa dignidade, com os nossos valores do que é realmente importante na vida. Só percebi quando saí do país, e vi que uma vida de qualidade era possível mesmo em uma cidade grande.
Aliás, me pergunto...  E se 5% das 10  mil pessoas que estiveram na rua ontem são vândalos, eu acho que é preço pequeno a se pagar perto do resto, bem intencionado, que só não aguenta mais ser massacrado todos os dias e viu o aumento da passagem de ônibus como a gota d’água.
O que eles querem é que você pense que quem está na rua é meia-dúzia de vândalos vagabundos. Molecada que não tem o que fazer, gente perigosa que precisa pagar VINTE MIL REAIS de fiança pra sair cadeia. Eles querem muito que você acredite nisso. Você sabe que não: que tinha todo tipo de gente lá. Você sabe que tá todo mundo tão cansado quanto você está... Que, como você, ninguém aguenta mais nem um segundo de conversa fiada dos nossos governantes, e que estamos tão no limite que nós, o povo apático, estamos indo para rua de tão indignados.
Uma vez só, tenha em mente que, se tem alguém na TV tentando te convencer de algo, você deveria acreditar justamente no contrário.

Bem, ontem eu li muito sobre tudo o que aconteceu...
Para quem, ingenuamente, ainda está em dúvida sobre que lado tomar, eu sugiro algumas leituras:

-Contra o aumento das tarifas de ônibus: o protesto que eu não vi pela TV, um relato sobre alguém que estava no protesto e viu os dois lados da manifestação: o da polícia truculenta e da polícia gentil, e o dos manifestantes violentos e o dos felizes;

-Vandalismo por direito, sobre como a defesa da “não-violência” interessa ao poder;

-Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar, sobre porque tantas pessoas se incomodam com movimentos como esse;

-Não é porque não saiu na TV que não aconteceu, um tumblr com depoimentos de gente que estava na passeata;

-A gota que faltava, do Alexandre Versignassi, sobre como a inflação desencadeou os protestos;

-No YouTube, um vídeo com uma matéria jornalística que fez uma cobertura que eu considerei a mais imparcial possível, tentando reportar o que viu pelo caminho de maneira direta;

-Também no YouTube, um vídeo dos stormtroopers policiais espancando um jornalista, o Pedro Ribeiro Nogueira, de maneira covarde e sem motivo aparente;

E se nada disso te ajudar a mostrar a verdade para algumas pessoas, mande o vídeo definitivo de Caetano Veloso sobre a burrice... "Caetano aprovaria!!!!
 http://awe-inspiring-randomness.tumblr.com/post/52896959452/nao-e-sobre-20-centavos-estupido

Ana Freitas

"Ouça a Vida"!

Muitas pessoas se vêem em grande dificuldade quando se trata de ouvir a voz da vida. E isto é perfeitamente compreensível, pois aprendemos que somos nós quem devemos direcionar nosso destino, fazer acontecer o que desejamos.
Esta é uma grande ilusão a qual fomos todos condicionados. Por mais que atuemos, quando algo não acontece, isto significa que é hora de parar e refletir sobre o real significado da palavra confiar.
Por melhores que sejam nossas intenções, é necessário que nosso propósito se harmonize com o propósito da existência, e por mais que isto nos desagrade, às vezes eles são diametralmente opostos.
Revoltar-se, indignar-se, frustrar-se, amargurar-se, reações naturais do ego, são, entretanto, atitudes inúteis. Elas de nada adiantarão, visto que a vida não se preocupa em realizar nossos desejos e expectativas. Ela segue seu próprio ritmo. Imagine se a vida fosse adaptar-se ao desejo individual de cada ser humano a cada momento.
Esta realidade precisa ser plenamente introjetada, para que nos libertemos da dor. Aceitar o que a existência nos trouxer, seja o que for, é o segredo para viver em paz, em um estado de plena serenidade.
O segredo é manter nosso propósito ali, no coração, sem se preocupar se ou quando ele será realizado. Apenas confiar na existência e deixar que ela faça a sua parte. Se de fato, aquilo a que estamos aspirando é essencial para nos levar ao encontro de nossa verdadeira essência, nada precisaremos fazer.
No momento certo, a vida nos encaminhará na direção daquilo que almejávamos, geralmente sem qualquer esforço, pois as condições serão colocadas em nosso caminho de forma mágica.
Mas este é um aprendizado que exige paciência, perseverança, e acima de tudo, confiança...
Esperar alegremente, relaxadamente, é o que faz a diferença.
Se o que desejamos não vier, é porque não era esse o propósito da existência para nós. E se estivermos dispostos a seguir com ela, certamente seremos conduzidos a um novo caminho.
"Não seja zangado com a vida. Não é a vida que está frustrando você, é você que não está ouvindo a vida. E isto eu chamo um critério, uma pedra de toque: se você vir algum santo que é contra a vida, amargo contra a vida, saiba bem que ele ainda não entendeu. Caso contrário, ele vai se curvar para a vida em profundo respeito e reverência, porque a vida despertou-o para fora dos seus sonhos.
A vida é muito chocante. É por isso que a vida é dolorosa. A dor vem porque você está desejando algo que não é possível. Ela não vem da vida, vem de suas expectativas.
As pessoas dizem que o homem propõe e Deus dispõe. Isso nunca aconteceu. Deus nunca dispôs ninguém. Mas em sua própria proposição, você já a elimina. Ouça a proposição de Deus, mantenha suas próprias proposições para si mesmo. Mantenha a calma.
Ouça o que o Todo está propondo... Não tente ter seus objetivos particulares, não tente ter seus desejos particulares. Não pergunte nada individualmente... O Todo está se movendo para seu destino. Você simplesmente seja parte dele... Coopere... Não esteja em conflito...
Entregue-se a ele. E a vida sempre lhe envia de volta para a sua própria realidade - é por isso que é chocante. Ela choca você porque não preenche seus sonhos.
E é bom que a vida nunca preencha seus sonhos... Ela sempre segue dispondo de algum modo.
Ele lhe dá mil e uma oportunidades para ser frustrado, para que você possa entender que as expectativas não são boas e os sonhos são fúteis e os desejos nunca são cumpridos.
Então, você abandona o sonho, abandona o desejo, abandona o propósito.
De repente, você está de volta para casa e lá está o tesouro.

E.Cavalcante

quinta-feira, 13 de junho de 2013

"A Vida Numa Corda Bamba"!!!

Costumo dizer que quando estamos muito tristes, com a alma triste até a morte, é como se estivéssemos atravessando um desfiladeiro em uma corda bamba...
O que tem embaixo é um Abismo, e o que está acima é o Céu. Se você olhar pra baixo, você verá o Abismo.
O Abismo atrai o olhar, mas o Abismo é morte certa, e ao olhar para ele você pode entontecer e cair. Portanto, nunca olhe para o Abismo. Mas também não olhe para o Céu... O Céu é como um sonho, e ele pode estar belíssimo, muito azul, com um Sol radiante ou repleto de estrelas, não importa: não olhe para o Céu, por que de tão belo ele pode fazer você esquecer de que precisa manter o equilíbrio e seus pés bem firmes na corda.
Desta forma, eu te digo: o único lugar para o qual você deve olhar é para a frente, onde está o Horizonte. O Horizonte é onde está tudo o que você pode descobrir, viver e alcançar. Basta seguir em frente.
Se você olhar para trás, poderá ver teus familiares e amigos dizendo “siga em frente”. Mas se não puderes ouvir isto, concentre-se em teus pensamentos, por que é na verdade o que você quer: Seguir em frente!
Então apenas mire o horizonte, mantenha teus passos bem firmes e você atravessará o desfiladeiro, onde do outro lado haverá um mundo, pessoas e uma vida que esperam, sinceramente, que você siga em frente.

Augusto Branco

terça-feira, 11 de junho de 2013

"Bondade...Paixao...Maldade"!!!

No planeta Terra, já existiram inúmeras civilizações cada uma com sua cultura específica e em cada uma delas com suas concepções próprias de bondade, paixão e maldade. Não podemos afirmar que existe um paradigma eterno para as ações que denominamos de bondade, o mesmo ocorrendo para as concepções de paixão e maldade.
Civilizações passadas consideravam a antropofagia um valor, que para eles, estava na dimensão da bondade, pois se alimentando do corpo de um valoroso guerreiro estaria injetando em si os aspectos psíquicos somáticos do sacrificado; assim sendo, o sacrificador pensava que era beneficiado. Antropofagia sendo um ato louvável, digno inclusive da nobreza.
Nas aldeias do Canadá e Sibéria os velhos que não tinham condições de seguir os constantes deslocamentos das tribos eram sacrificados e o sacrificador tinha em si que estava fazendo um ato de extrema bondade. Nas guerras, muitos feridos são sacrificados para não continuarem sofrendo e quem os sacrifica pensa que está fazendo um ato de benevolência aos feridos.
Os litígios entre duas pessoas, na Germânia, eram resolvidos com a guerra, não se preocupando em desvelar a verdade e, na França, o duelo era uma prática para colocar fim a uma pendência entre cidadãos. Em Roma, o infanticídio era considerado um ato positivo se o nascimento de uma pessoa revelasse algum tipo de defeito físico.
Durante o período paleolítico e neolítico predominou a endogamia, poliandria e poligamia. Na civilização Egípcia, a família era estruturada em torno da monogamia; no entanto, a concubinagem era uma instituição respeitada. O incesto era permitido. Na cultura hebraica, a família incluía os escravos e pessoas que trabalhavam para o patriarcado, predominando a monogamia, poligamia e poliandria, além da concubinagem. Na civilização romana, a família era estruturada em torno da monogamia e concubinagem. Na Idade Média e civilização cristã houve a institucionalização da monogamia e existência do amantismo.
Na guerra, uma pessoa bondosa não é considerada, pois o aspecto básico é a emersão da maldade ou violência. Na paz, a bondade é um valor estimulado e a maldade um aspecto a ser combatido, inclusive com a própria maldade.
Estamos elaborando essa abordagem para mostrar que as concepções de certo e errado, bondade e maldade estão relacionadas aos aspectos culturais temporais não existindo um paradigma eterno e imutável dos dois termos. Os nossos atuais valores que cultivamos de bondade e maldade resultam do iluminismo eurocentro que tentou superar os valores da Idade Média.
Não podemos dizer que vamos para o "céu", "paraíso" ou "inferno" fundamentados nos valores que atualmente praticamos, pois são valores relacionados com a cultura de cada época. Os filósofos vedantas dizem que tanto a bondade, maldade e paixão são atividades responsáveis pelo aprisionamento da essência humana ao planeta depois que o corpo material morre gerando novas reencarnações...
Quanto mais nós reencarnamos maior é a penetração no negrume do mundo material.
Os vedantistas dizem que "nitya-dharma" é a natureza eterna da essência humana e "naimittika-dharma" é a função temporária (bondade, maldade e paixão), sendo que o objetivo da essência humana é transcender as funções temporárias e se posicionar em uma plataforma de consciência que seja transcendente a toda e qualquer concepção racional de bondade, maldade ou paixão. Através da transcendência das funções temporárias, a essência não mais volta a reencarnar e penetra em uma dimensão que não existe espaço/tempo/forma. A meta da vida é ir além de todos os valores conhecidos que é o niilismo existencial da racionalidade humana.


Marcos Spagnuolo Souza

domingo, 9 de junho de 2013

"Escolhas de Uma Vida"!!!

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz...
"Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura.
No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances... Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado.
Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é...
Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho.. Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!


Pedro Bial

sexta-feira, 7 de junho de 2013

"O Amor"!!!


 Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que todos querem é amar... Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata...
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado. Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor...
Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão e filho. É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo. Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável...
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas! Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência...
Amor, só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades...
Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas prá pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo prá cada um...
Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência...
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram! E felicidades a todos nós!

Arthur da Távola
 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

"Anarquia Institucional"!

Foi na obra O espírito das leis, datada de 1748, que Charles Louis de Secondat, o Barão de Montesquieu, apresentou sua “Teoria da separação dos poderes” utilizada para respaldar a maioria das constituições liberais.
Ao poder Executivo cabe a função de administrar a coisa pública. Ao Legislativo, criar, extinguir ou modificar leis e fiscalizá-las. E ao Judiciário, julgar, sempre buscando dirimir conflitos de interesses.
Para limitar a autonomia destes poderes, o pensador francês sugeria um mecanismo de freios e contrapesos, por meio do qual um poder controlaria o outro, com o intuito de restringir atos despóticos e tirânicos. “Só o poder limita o poder”, dizia ele.
Assim, atuando com independência, porém em sinergia, os três poderes seriam responsáveis pela manutenção da ordem e pelo bom funcionamento do governo.
Contudo, o que temos notado em nosso país é a descaracterização destes princípios. Assim, vemos o Executivo legislando, mediante a edição das nefastas medidas provisórias, outorgadas pelo presidente da República. Embora não sejam leis, uma vez que serão apreciadas posteriormente pelo Congresso, apresentam força de lei, com efeito imediato após sua publicação. Apesar da emenda constitucional 32/2001 limitando a abrangência deste tipo de instrumento, sua utilização permanece tenaz, lembrando seu berço político, os decretos-lei do período militar.
O Legislativo, por sua vez, não tem feito nada além de instaurar Comissões Parlamentares de Inquérito, as CPIs, que embora sejam de sua atribuição constitucional, não deveriam figurar como prioridade ante a premência de reformas no plano tributário, previdenciário e político, para dizer o mínimo.
Finalmente, quanto ao Judiciário, o que temos é uma instituição distante da sociedade, marcada pela morosidade processual – certamente intensificada pela indústria dos recursos – e por comandar a cadeia de reajustes no funcionalismo a partir do princípio da isonomia salarial.
Nossos três poderes representam hoje o que há de mais retrógrado em termos de gestão pública... Não é por acaso que haja espaço para mensalões, farra com passagens aéreas, residências funcionais, aviões fretados, verbas indenizatórias, semana de trabalho com três dias, lobbies, propinas, favorecimentos, nepotismo, atos secretos e que tais.
Montesquieu dizia que o princípio de uma monarquia deve ser a honra; de um despotismo, o medo; e de uma república, a virtude. Na República Federativa do Brasil, onde está a virtude?


  “De tanto ver triunfar as nulidades,
 de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
 de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
 o homem chega a desanimar da virtude,
 a rir-se da honra,a ter vergonha de ser honesto.
”(Rui Barbosa)
Tom Coelho

quarta-feira, 5 de junho de 2013

"Não estás Deprimido...Estás Distraído"!!!


Não estás deprimido, estás distraído...
Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me... O que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.
Não estás deprimido, estás distraído...
Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção. E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
Não existe a morte, apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.
Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo... E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo"...Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição...
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.
Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas: se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)
Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade,
disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
Não estás deprimido, estás desocupado...
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda converte-te no próprio Amor.
E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.

Facundo Cabral

terça-feira, 4 de junho de 2013

"Estou com Vergonha do Brasil"!

Estou com vergonha do Brasil...
Vergonha do governo, com esse impatriótico, antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder.
Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra, políticos vendidos a quem dá mais.
Pensar no bem do País é ser trouxa. Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás, Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a serviço de uma causa só, o poder.
Vergonha de juízes vendidos. Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros. Vergonha de termos quase 40 ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então, incompetentes para o cargo.
Vergonha de ver a presidente de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos (onde está a nossa guerrilheira, era tudo fantasia?).
Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades, envergonhando-nos perante o mundo.
Vergonha por pagarmos tantos impostos e nada recebermos em troca - nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta.
Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação.
Agora pergunto...
Onde estão os homens de bem deste país?
Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor?
Por que tantos estão calados?
Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza...
Até quando isso vai continuar?
Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas?
Estou com muita vergonha do Brasil.


Ruth Moreira

segunda-feira, 3 de junho de 2013

"Aulas de Música... Crianças Mais Inteligentes"???

Alguns pais colocam Mozart para tocar para seus filhos, na expectativa de que isso os torne mais inteligentes. Outros impulsionam as crianças a fazer aulas aulas de piano ou violino. A música é comprovadamente benéfica ao desenvolvimento das crianças. Mas ter aulas de música não torna uma criança mais inteligente que as demais – não como fator isolado, ao menos.
Vários estudos ligam a aprendizagem musical com o aumento de QI, mas isso pode não ser verdade.
Evidências que ligam a música com boas notas na escola podem ter outro significado, visto que essas crianças geralmente têm outros “privilégios” intelectuais, de acordo com o psicólogo Glenn Schellenberg, da Universidade de Toronto, no Canadá.
Crianças que têm acesso a aulas de música tendem a ter pais com maior nível de escolaridade, estudam em escolas melhores e fazem mais atividades extra-curriculares do que outras da mesma idade. A educação em geral, e não as aulas de música em si, ajudam as crianças a desenvolverem características que impulsionam seus processos mentais, como memória, aprendizagem e raciocínio.
Desde que cientistas afirmaram que pessoas tiveram melhor desempenho em testes de habilidades espaciais depois de ouvirem Mozart, em um estudo feito na Universidade da Califórnia, em 1993, criou-se a ideia de que você pode ficar mais inteligente ouvindo música clássica. Mas Schellenberg afirma que o “efeito Mozart” é um mito.
O psicólogo afirma que depois de ouvir Mozart, muitas pessoas realmente se saem melhor em testes do que se quando ficam em um ambiente silencioso. “O desempenho é melhor porque a sensação da música em geral é agradável, mas o efeito tem pouco a ver com a música”, diz.
Em um novo estudo liderado por Schellenberg, pesquisadores perceberam que crianças que se interessam mais por aulas de música são previamente mais curiosas e abertas a experiências novas. Esses traços de personalidade ajudam a explicar porque elas tiram notas mais altas na escola e têm QI mais elevado.
“Muita pesquisas anteriores podem ter superestimado os efeitos das aulas de música e subestimado as diferenças pré-existentes entres as crianças que estudam música e as que não estudam”, explica o psicólogo. “As crianças que têm aulas de música podem ter níveis mais altos de curiosidade, motivação, persistência, concentração, atenção seletiva, autodisciplina e organização”.
Schellenberg reconhece que a presença da música na infância pode oferecer uma ligeira vantagem cognitiva, mas sugere que os pais não pressionem os filhos a aprenderem a tocar um instrumento apenas pelos possíveis benefícios à inteligência. Esse aprendizado é importante pelos conhecimentos que a criança irá desenvolver, além do prazer de tocar música, claro.
“Ninguém diz que você precisa estudar biologia porque aumenta a sua capacidade de leitura. Assim como todas as artes, a música é uma daquelas coisas que nos torna mais humanos. Vale a pena fazer música pelo valor dela própria”, diz Schellenberg. [MedicalXpress/Telegraph]


 Stephanie D’Ornelas 

domingo, 2 de junho de 2013

"Audácia... Prudência... Temperança"!

Uma sociedade é sustentável quando consegue articular a cidadania ativa com boas leis e instituições sólidas. São os cidadãos mobilizados  que fundam e refundam continuamente a sociedade e  a fazem funcionar dentro de padrões éticos.
O presente momento da política brasleira e a situação atual do mundo estigmatizado por várias crises  nos convidam a considerar três virtudes urgentes: a audácia, a prudência e a temperança.
A audácia  é exigida dos tomadores de decisões face à situação social brasileira que vista a partir das grandes maiorias é desoladora. Muito se tem feito no atual Governo, mas é pouco face à chaga histórica que extenua os pobres.
Nunca se fez uma revolução na educação e na saúde, alavancas imprescindíveis para transformações estruturais. Um povo ignorante e doente jamais dará um salto para frente.
Algo semelhante ocorre com a política mundial face à escassez de água potável e ao aquecimento global do planeta. Audácia  é aquela coragem de tomar decisões e pôr em prática iniciativas que respondem efetivamente aos problemas em questão.
O que vemos, especialmente, no âmbito do G-8, do FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referidos  são medidas tímidas que mal protelam catástrofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade macroeconômica inibe a audácia que os problemas sociais exigem. Dever-se-ia ir tão longe na audácia que um passo além seria insensatez. Só assim evitar-se-ia que as crises, nacional e mundial se transformassem em drama coletivo de grandes proporções.
A segunda virtude é a prudência . Ela equilibra a audácia. A prudência é aquela capacidade de escolher o caminho que melhor soluciona os problemas e mais pessoas favorece. Por isso a prudência é a arte  de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais vontades coletivas para garantir um objetivo bom para o maior número possivel de cidadãos. Como em todas as virtudes, tanto a audácia quanto a prudência podem conhecer excessos.
O excesso de audácia é a insensatez. A pessoa vai tão longe que acaba se isolando dos outros ficando sozinha como um Dom Quichote. O excesso da prudência é o imobilismo. A pessoa é tão prudente que acaba morrendo de ajuizada...
Engessa procedimentos ou chega tarde demais na compreensão e solução das questões.
Há uma virtude que é o meio-termo entre a audácia e a prudência: a temperança ...
Em condições normais significa a justa medida, o ótimo relativo, o equilíbrio entre o mais e o menos. Ela é a lógica do universo que assegura o equilíbrio entre a desordem originária do big bang (caos) e a ordem produzida pela expansão/evolução(cosmos). Mas em situações de alto caos social como é o nosso caso, a temperança assume a forma de sabedoria política.
A sabedoria  implica levar tão longe a audácia até aquele ponto para além do qual não se poderá ir sem provocar uma grande instabilidade. O efeito é uma solução sábia que resolve as questões das pessoas mais injustiçadas, quer dizer, traz-lhe sabor à existência (donde vem sabedoria).
Ninguém expressou melhor esse equilíbrio sutil entre audácia corajosa e prudência sábia que Dom Pedro Casaldáliga ao escrever: "Saber esperar, sabendo ao mesmo tempo forçar as horas daquela urgência que não permite esperar".    

Leonardo Boff

sábado, 1 de junho de 2013

"Alternativas"!!!

As facilidades da vida nos limitam. Todas as nossas perfeições nos deixam assim preguiçosos e acomodados. Não desenvolvemos, por que não vemos a necessidade de ir além. É como ter acesso a algo e nunca buscá-lo, exatamente por que está ali, disponível.
Nos extasiamos diante daqueles que encontram dificuldades e as vencem.
Ficamos boquiabertos diante de vídeos de deficientes que fazem muito mais que nós e nesses instantes nos sentimos culpados. Mas isso passa logo. Poderíamos, nesse caso, nos perguntar quem é o verdadeiro deficiente.
Nos esquecemos que a vida é cheia de alternativas e nos bloqueamos diante do primeiro muro. Precisaremos primeiro estar cegos para que possamos desenvolver nossos outros sentidos? Será necessário perder o uso das pernas para se fazer uso das mãos e da mente?
Deus nos vê e Seu coração deve ficar apertado. Então Ele permite as dificuldades, não para nos maltratar, mas para que possa sair de nós o que melhor temos, como a pérola fechada na concha e infinitamente mais linda que sua roupa.
A vida nos mói, amassa, derruba muitas vezes para que possamos encontrar as saídas, para que possamos aprender a enxergar com os olhos da fé, para que possamos desenvolver outros sentidos e enriquecer nossas vidas. Para que possamos ser exemplo para os que vêm atrás de nós, assim como são para nós aqueles que seguem adiante e nem sequer compreendemos como é que conseguem as forças.
Não é a cegueira ou os defeitos físicos que nos tornam incapazes e debilitados, mas a cegueira e defeitos da acomodação, do desânimo, da falta de perseverança.
As alternativas não faltam na vida. O que falta, muitas vezes, é a motivação...
E se esta não vem por si só, será necessário sim uma queda, uma perda, uma dor para que possamos florescer e mostrar ao mundo do quanto somos capazes.

L. Thompson