Somos Anjos e Mestres!
Todos nós sabemos alguma coisa que alguém, em algum lugar, precisa aprender e, por vezes, nós mesmos recordarmos.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

"A Necessidade Do Desarmamento"!!!

A realização do plano de desarmamento tem sido prejudicada principalmente por ninguém se dar verdadeiramente conta da enorme dificuldade do problema em geral.
A maior parte dos objetivos só são atingidos a passos lentos.
Basta pensar na substituição da Monarquia absoluta pela Democracia!
É um objectivo que convém atingir depressa.
Com efeito, enquanto não for excluída a possibilidade de guerra, as nações não prescindirão de se prepararem militarmente o melhor possível, para poderem enfrentar vitoriosamente a próxima guerra. Nem tão pouco se prescindirá de educar a juventude nas tradições guerreiras, de alimentar a comezinha vaidade nacional aliada à glorificação do espírito guerreiro, enquanto for preciso contar com a possibilidade de vir a fazer uso desse espírito dos cidadãos na resolução dos conflitos pelas armas.
Armar-se significa precisamente afirmar e preparar a guerra e não a paz! Portanto, não interessa proceder ao desarmamento gradual mas radicalmente, de uma só vez, ou nunca.
A realização de tão profunda modificação na vida dos povos tem como condição um enorme esforço moral e o abandono de tradições profundamente enraizadas.
Quem não estiver preparado para, em caso de conflito, fazer depender o destino da sua pátria incondicionalmente das decisões dum tribunal internacional de arbitragem, não está verdadeiramente decidido a impedir a guerra.
Aqui só há uma solução: ou tudo ou nada.
Não se pode negar que os esforços até agora realizados para garantir a paz não foram coroados de êxito por aspirarem a compromissos insuficientes.
Desarmamento e segurança só se podem alcançar se ambos forem considerados interdependentes. A segurança só estará garantida quando, todas as nações se comprometerem a cumprir as decisões internacionais.
Encontramo-nos, portanto, numa encruzilhada. De nós depende seguirmos o caminho da paz ou continuarmos trilhando o da força bruta, indigno da nossa civilização. Dum lado esperam-nos a liberdade dos indivíduos e a segurança das comunidades, de outro lado ameaçam-nos a servidão para os indivíduos e o aniquilamento da nossa civilização. O nosso destino será tal qual nós o merecermos.

Albert Einstein