Somos Anjos e Mestres!
Todos nós sabemos alguma coisa que alguém, em algum lugar, precisa aprender e, por vezes, nós mesmos recordarmos.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

"Fome...Doença que Usurpa"!


É necessário conhecer os problemas da humanidade. O capitalismo propiciou o surgimento das diferenças sociais e econômicas, e a partir de então, ficou claríssimo um mundo composto por riqueza x pobreza, lucro x exploração, desperdício e sobras x fome entre outras especificidades.
A fome é um problema que está na ordem do dia, atraindo a atenção mundial.
Nos últimos tempos, os telejornais mostraram que a África sofre com esse mal.
Por razão do estômago vazio, milhares de seres humanos estão perdendo a vida lentamente, em sua maioria crianças. Dentre as que ainda sobrevivem, há aquelas que apresentam atraso no crescimento físico e intelectual. De fato, a fome mata e não perdoa ninguém.
O diagnóstico sobre as causas da fome é diversificado.
Parte dos pesquisadores alega que alimento existe; o que não há é renda para adquiri-los. Outros dizem que o que falta no mundo é uma melhor distribuição da produção dos alimentos, pois estamos produzindo muito, mas em poucas regiões...  Já os mais otimistas alegam que, se eliminássemos o desperdício de alimentos, resolveríamos o problema. Por fim, há também aqueles que admitem a falta de alimentos para uma parcela dos 7 bilhões de seres humanos que habitam a Terra.
Apesar de não haver consenso sobre as causas, existe uma estatística divulgada pela ONU recentemente que nos estarreceu. Há uma perspectiva de que 750 mil pessoas possam morrer de fome até o final deste ano no mundo. Por outro lado, quem visita com frequência as seções de economia dos jornais vê matérias que apontam aumento na produção de alimentos e os consequentes os recordes de produção de grãos, por sua vez decorrentes do crescimento tecnológico, fazendo-nos crer que seria possível que todas as pessoas tivessem acesso aos alimentos.
Debater as causas da fome é apenas a ponta do iceberg. É preciso dar muito mais atenção para a fome que está presente no Brasil e em vários outros países. Parece que temos, todos, a compreensão comum de que o que interessa é buscar respostas para os seguintes questionamentos: O que fazer para mudar a realidade desses famintos seres humanos? O que está faltando para que todos possam ter acesso, no mínimo, a três refeições diárias? Algumas respostas até florescem em nossas mentes, mas dificilmente conseguimos transformá-las em prática social.
Sabe-se que nos lares abastados e até de classe média, é comum haver mais alimento do que as pessoas realmente consomem, e boa parte disso acaba virando lixo, o que parece sugerir que muitas pessoas não dão valor aos alimentos. Evitar o desperdício é condição sine qua non para que todos tenham comida no prato.
Otimizar os alimentos e reaproveitar as sobras e os exageros também minimizaria a fome. No Brasil, joga-se muita comida fora. Há uma lei que pune os doadores de comida. Essa legislação sanitária excessivamente rigorosa faz que muitos supermercados, restaurantes, bufetts, bares ou organizadores de eventos em geral não distribuam os alimentos que sobram. Vale advertir que não estamos nos referindo aos alimentos que sobram nos pratos e guarnições, mas sim àqueles que sobram nas próprias panelas; digamos os exageros que muitas vezes são cometidos nas cozinhas.
A lei foi pensada para proteger o consumidor, impedindo que muitos mal intencionados reutilizassem as sobras impróprias para o consumo, todavia a lei vem impedindo que muitas doações de alimentos bons sejam realizadas.
Tudo isso não é novo. A lei, sozinha, não resolve tudo. Registre-se, ainda, que as autoridades fingem não enxergar o que já foi exibido por dezenas de vezes nas telas da televisão. Parte da comida que é jogada no lixo é coletada e consumida por seres humanos que vivem nas ruas e nos lixões. Exposto o cenário, resta perguntar: Cadê as preocupações humanitárias e éticas com esses famintos seres humanos? Carecemos de apoiar um programa controlado e inspecionado de doação de alimentos e minimizar a fome? Ou devemos fechar os olhos e permitir que coletem e consumam os restos do lixo? E nos países africanos em que nem mesmo há restos no lixo, o que fazer? Por que os governos e organismos internacionais não criam uma política para matar a fome do mundo? Será que é tão dispendioso? É oportuno matar a fome do mundo? É mais barato matar a fome do mundo, ou criar armas para amedrontar o mundo?
Enquanto não resolvemos a fome do Brasil e do mundo, podemos fazer nossa parte ajudando quem realmente necessita, sobretudo na questão da alimentação.
Há pessoas enfermas, sem condições de trabalhar...Há crianças inocentes que necessitam de ajuda psicológica e material... Há entidades assistenciais sérias que precisam de apoio.
Evite os desperdícios em sua casa e valorize o alimento que tem a sua mesa diariamente!


Inês Silva e Marçal Rizzo