Somos Anjos e Mestres!
Todos nós sabemos alguma coisa que alguém, em algum lugar, precisa aprender e, por vezes, nós mesmos recordarmos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

"Nossa Luta é Incerta"!


A metralhadora giratória da desigualdade social assola várias nações no planeta todo. Fome, miséria, desemprego, guerras, conflitos e um sentimento espiritual e real de derrota da raça humana enraizado na alma. Parece que fomos designados para sofrer. Nosso planeta está sendo depredado e mal utilizado em todos os sentidos. Os humanos não se entendem, a exploração é generalizada e a ganância permeia o saco de maldades de uma classe capitalista parasitária e destruidora.
Nossas possibilidades de resistência estão se esgotando com o tempo. Com uma população de mais de 7 bilhões de habitantes, os espaços estão cada vez menores e as disputas estão mais ferozes do que nunca. O diálogo praticamente não existe mais em alguns lugares e instituições. Segue-se a ideologia liberal ou neoliberal de forma cega e arrogante. Todos nós estamos ficando acuados e sem poder de ação substantiva e eficaz. Apesar da Primavera Árabe nos mostrar seu exemplo de luta pela liberdade, nesta mesma região as distorções e exclusão social são gigantescas. Terão tempo de superar tudo isso?
As nações mais ricas vem aumentando os seus gastos com armamentos e segurança como nunca fizeram desde o final da Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria
Uma nova "Paz Armada" está no ar. O terrorismo foi escolhido para substituir o perigo comunista. Depois do famigerado e mentiroso 11 de setembro de 2001 nos EUA, a história do início do século XXI iniciou-se. Todas as ações são justificadas porque os americanos estão se vingando dos tais terroristas. Que justificativa é essa afinal? Sadam Hussein e Osama Bin Laden foram capturados e executados (sobre o último temos dúvidas, cadê o corpo de Bin Bin?). Iraque e Afeganistão continuam sob o domínio norte-americano e europeu até hoje.
Algo está errado nesta história toda. As desgraças dos pobres do mundo são o mal menor, a preocupação da Nova Ordem Mundial é a eliminação de qualquer tipo de questionamento ou resistência, seja ela intelectual, econômica, política, cultural ou militar. O bolso das nações trilhonárias está se fechando aos miseráveis do continente africano, nação essa que foi saqueada pelo imperialismo dos séculos XIX e XX. França, Inglaterra, Bélgica, Alemanha e outros, estão mais preocupados com suas pátrias do que com a dor e sofrimento dos excluídos do planeta Terra. Os novos e gigantes China e Índia terão espaço neste neo-imperialismo do século XXI? A pobreza e a fome em seus países é gigante também. Liberdade de expressão e democracia estão caminhando como tartarugas nestes países. Será que haverá espaço para eles no mundo? Buscando e expandindo eles estão. É só dar uma olhada no comércio mundial e suas trocas. No entanto, tem uma parcela de países que não vê com bom olhos todo este crescimento. A disputa está lançada. Quem vencerá?
Mas o grande foco ainda são os EUA. Depois da crise econômica de 2008, muita coisa mudou no receituário liberal americano para eles internamente e para o mundo. No entanto, a economia americana não anda bem das pernas até hoje. Sabendo que o grande objetivo é a destruição do dólar e a criação de uma nova moeda mundial, com um exército mundial, com leis mundiais, com um governo mundial, o controle absoluto está em marcha constante, cada vez mais rápido e escandalosamente anti-democrático e autoritário. Algo necessita ser feito contra tudo isso. Escravos do sistema nós já somos. Bens materiais eles já tem de sobra, o que sobra é o poder. Poder este que vem sendo executado e ampliado em uma escala nunca vista antes na história da humanidade.
Os nazistas ficariam com inveja. Aliás, eles também não são uma espécie de nazistas também? Hitler para a Nova Ordem Mundial não é considerado uma coisa negativa, pelo contrário, é o seu guia mestre, sua inspiração constante, sua leitura e lembrança diária de que o poder global é possível e será feito se não houver uma resistência radical no mesmo nível. Alguém se prontifica a destruir eles?
Os modelos de organização político, econômico e social que temos estão superados. Os Estados socialistas foram derrotados e nos sobrou o modelo de Estado capitalista. Se na extinta União Soviética as coisas não eram muito interessantes para a maioria da população, imaginem vocês hoje então. Façam as comparações possíveis. Torturas, assassinatos, polícia política, opressão, autoritarismo e totalitarismo, ditadura pessoal, culto aos líderes, centralização política, existência de um único partido político, gastos militares em progressivo aumento, corrida armamentista e etc, tudo característica da U.R.S.S. do século XX. Os EUA são muito diferentes disso? Sabemos que não, até porque o desenvolvimento e a evolução da mídia e do marketing camuflou e camufla as comparações que possam ser feitas aqui.
Vejam vocês, no território do Tio Sam, o país é governado somente por dois partidos, que na verdade são um só. Isso mesmo, democratas e republicanos não apresentam mais as diferenças que tinham no passado, pelo contrário, estão unidos em prol da defesa deles mesmos enquanto elite econômica e militar.
Eles representam hoje o novo tipo de imperialismo imposto ao mundo, seja através do poder econômico, político e principalmente militar. Os americanos gastam trilhões de dólares por ano em armamentos e pesquisas neste setor. Seja Bush ou Obama a história é a mesma. As corporações por trás do Estado se sentem totalmente representadas.
O novo modelo de Estado que temos hoje é o das corporações. O Estado não é independente, logo, a democracia e a liberdade estão sendo suprimidas. Após os atentandos de 2001 várias leis foram feitas e aprovadas para justamente roubar o restante de liberdade que os americanos tinham, imaginem no mundo. Ou seja, nem soviéticos e muito menos americanos conseguiram acabar com a fome e miséria do mundo. As desigualdades estão em plena marcha acelerada. Nossa luta não é somente em ser socialista, capitalista ou libertário. Nossa luta é em saber se existe espaço ou brechas neste sistema para podermos sobreviver. A queda do socialismo no mundo não representou melhoria na vida das pessoas. O fim do capitalismo será a nova aurora com verdadeira democracia, justiça, distribuição de renda e liberdade? Temos certeza de que derrotando o capitalismo poderemos propor algo diferente e novo? Ou só trocaremos as bandeiras, suas cores, os nomes das instituições e tudo será o mesmo de novo? As dúvidas são enormes, as respostas também. Que venha o novo, mas antes, teremos que escolher nosso verdadeiro inimigo e derrotá-lo, do contrário, nada terá efeito.
Liberdade, Igualdade e Fraternidade outra vez. Precisamos, mas sobre as caveiras dos mortos traidores. Não haverá transições pacíficas. Guerras e mortes ocorrerão, isto é fato e inevitável.
Os donos do capital não querem conversa ou negociação, querem manter seus lucros e ampliar seus poderes cada vez mais. Estamos ficando sem alternativa.

  Profº José Eduardo Brondi